Ministério da Saúde investirá R$ 245 milhões para distribuir 1,8 milhão de unidades do Implanon, que tem eficácia de três anos
O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o implante contraceptivo hormonal Implanon, que será disponibilizado gratuitamente a partir do segundo semestre de 2025. Com duração de até três anos e eficácia de 99%, o dispositivo subdérmico se tornará a segunda opção de contraceptivo reversível de longa duração (LARC) na rede pública, ao lado do DIU de cobre. O Ministério da Saúde prevê distribuir 500 mil unidades ainda este ano, com investimento total de R$ 245 milhões – custo significativamente menor que o valor de mercado, que varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil por unidade.
A implementação do novo método exigirá capacitação de profissionais de saúde para inserção e remoção do dispositivo, procedimentos que devem ser realizados por médicos ou enfermeiros qualificados. A medida reforça a política de planejamento reprodutivo do SUS, que já oferece outras sete opções contraceptivas, e visa reduzir em 25% a mortalidade materna até 2027. Diferente dos preservativos, o Implanon não protege contra ISTs, mas se destaca por sua praticidade – não requer ações diárias ou mensais da usuária – e por permitir rápida recuperação da fertilidade após a remoção.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil