Declaração de situação crítica de escassez hídrica no rio Xingu e seu afluente, o rio Iriri, com validade até o dia 30 de novembro, foi feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Essa medida ocorre em um momento em que o rio Xingu, que abriga a hidrelétrica de Belo Monte, responsável por 11% da capacidade de geração do sistema interligado nacional, enfrenta sérios desafios hídricos. A bacia do rio Xingu, que abrange os estados de Mato Grosso e Pará, é vital para o abastecimento de 23 cidades, servindo mais de 560 mil habitantes.
Em 2024, a ANA já havia emitido outras três declarações de situação crítica para diferentes regiões até a mesma data, incluindo as bacias do Paraguai, do rio Madeira e do rio Purus, além do trecho baixo do rio Tapajós.
Isso indica que quatro afluentes do rio Amazonas estão em condição crítica de escassez hídrica. Segundo a área técnica da ANA, a falta de chuvas e a alta demanda por energia exigiram o rebaixamento do nível do reservatório intermediário de Belo Monte.
A declaração de “situação crítica” permite que a agência estabeleça regras especiais para o uso da água e a operação dos reservatórios. Além disso, a decisão facilita a confirmação de declarações de emergência em municípios afetados e permite que entidades reguladoras e empresas de saneamento aumentem as tarifas de distribuição de água.
A declaração também serve como um alerta para outros agentes públicos sobre a necessidade de implementar medidas adicionais para garantir a navegabilidade dos rios e adotar mecanismos de contingência, que não são de competência da ANA.
Com informações do Estado do Pará Online
Foto: Usina Hidrelétrica de Belo Monte