Santarém: mais de 400 toneladas de pescado ‘encalham’ após suspeita de casos de doença da urina preta

Na quinta-feira (16), o secretário regional de governo do Baixo Amazonas, Henderson Pinto, se reuniu com lideranças e representantes do Município e Estado, para tratar das medidas referentes aos casos suspeitos de contaminação pela síndrome de Haff (doença da urina preta) em Santarém e os impactos na comercialização e consumo do pescado. Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca(SEMAP), mais de 7 mil pescadores em Santarém foram atingidos diretamente pela crise.

Em duas semanas deixaram de ser vendidas aproximadamente 400 toneladas de pescado. Enquanto isso, a SESPA faz o acompanhamento dos casos suspeitos da doença em Santarém. O Laboratório Central do Estado, o Lacen,  recebeu as amostras dos exames  de quatro pacientes, um dos quais faleceu, e as encaminhou para um laboratório em Santa Catarina, que ainda não divulgou o resultado.

Embora não se tenha confirmação que a doença é causada ela ingestão de pescado, por causa do medo, milhares de pessoas deixaram de consumir peixe aqui em Santarém e as vendas de pescado em Santarém caíram bastante. A Prefeitura de Santarém criou um grupo técnico para estudo de rastreabilidade da cadeia do pescado em Santarém foi criado, para mapear todo o caminho percorrido das espécies desde a captura nos rios até a comercialização em feiras e mercados e em restaurantes.

Para isso, serão 15 instituições que farão esse trabalho, que vai permitir conhecer todo o histórico do pescado, tais como espécie, procedência, manejo, análise físico-química, biológica e microbiológica da água. 

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará