Com o auxílio da agente canina Isa, equipes da Receita Federal apreenderam 48 kg de skunk em uma transportadora localizada em Marituba, na Área Metropolitana de Belém. Também referida como “super maconha”, a substância se encontrava em 40 comprimidos, escondidos em dois bebedouros industriais, que partiram de Manaus (AM) com destino a Fortaleza (CE).
A situação foi capturada durante uma inspeção a uma carga que já estava sob vigilância. O deslocamento foi realizado por meios fluviais (via balsa) e terrestres, incluindo uma parada na embarcação onde ocorreu o flagrante. Os dois bebedouros industriais possuíam notas fiscais de venda para consumidores individuais, cada um com um custo de R$ 954,77.
A agente canina Isa auxiliou os agentes da Receita Federal ao identificar conteúdo duvidoso nas embalagens dos bebedouros. A abertura foi realizada, com os aparelhos, aparentemente novos e meticulosamente embalados. No entanto, as modificações foram prontamente identificadas nas embalagens dos produtos, que continham 40 tabletes de skunk no total. A estimativa da Receita Federal do Brasil foi de mais de R$ 1,5 milhão. A Polícia Federal vai investigar o caso.
A distinção entre a skunk e a maconha tradicional reside na capacidade de causar dependência. A substância ativa da skunk, o tetrahidrocanabiol (THC), atinge uma concentração de 17%, quase 13 vezes superior à da maconha tradicional ou “regional”.
A fabricação também demanda procedimentos complexos, como cultivo hidropônico e tratamento hormonal em laboratório, o que explica o preço elevado. Apenas uma parte muito particular da Cannabis sativa é utilizada, conhecida como “camarão”. Skunk é traduzido como “gambá” no idioma inglês. O nome foi dado devido ao forte odor característico da super maconha.
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