Proposta de Paulo Bengtson concede título de Capital Pioneira do Café a Belém

O deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) apresentou projeto de lei à Câmara dos Deputados que confere à cidade de Belém, capital do estado do Pará, o título de Capital Pioneira do Café (PL 2447/21). Segundo o Parlamentar, a proposta tem destaque já que o Brasil é o primeiro produtor e o segundo consumidor mundial do produto.

“O café chegou ao País no ano de 1727, em Belém do Pará. Durante dez décadas o Brasil cresceu movido pelo hábito do cafezinho, servido nas refeições de meio mundo, interiorizando nossa cultura, construindo fábricas, dominando partidos políticos, derrubando a monarquia e abolindo a escravidão”, pontua. “O café continua hoje a ser um dos produtos mais importantes para o Brasil e é, sem dúvida, o mais brasileiro de todos”, defende.

Desenvolvimento

Paulo Bengtson recorda que, por quase um século, o café foi a maior riqueza brasileira. “O café se estabeleceu inicialmente no Vale do Paraíba e iniciou em 1825 um novo ciclo econômico no País”, diz o deputado ao afirmar que o trabalho pela economia cafeeira acelerou o desenvolvimento e contribuiu para inserir o Brasil nas relações internacionais de comércio.

“Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio interregional de outras importantes mercadorias. O café trouxe grandes contingentes de imigrantes, consolidou a expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos culturais”, declara.

História

O deputado paraense explica que o Café brasileiro tem origem da Guiana Francesa, por volta de 1700. A pedido do governador do Maranhão e Grão-Pará, uma missão coordenada por Francisco de Mello Palheta (Sargento-Mor) trouxe o produto, já naquela época com grande valor comercial, para o Brasil.

“Conta-se que Palheta seduziu a esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa, conseguindo conquistar sua confiança. Assim, uma pequena muda de café Arábica foi oferecida clandestinamente e trazida escondida na bagagem desse brasileiro. Mas se essa é a verdadeira história, não sabemos. Fato é que foi Palheta quem trouxe o café para o Brasil”, diz.

Em solo brasileiro, as condições climáticas foram propícias para o cultivo do café, o que justifica a rápida expansão do produto pelo território. “O café passou pelo Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Num espaço de tempo relativamente curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da economia brasileira”, completa Paulo Bengtson.

Tramitação

O projeto de lei está em análise na Comissão de Cultura (CCULT) da Câmara dos Deputados.

Por PTB na Câmara