Projeto de conservação das ararajubas avança com modernização de aviário no Parque do Utinga

Iniciativa já reintroduziu 58 aves na natureza e pretende soltar mais 50 até a COP30; obras incluem novo espaço temporário para garantir bem-estar dos animais

O Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém entra em uma nova fase com a ampliação e modernização do aviário principal no Parque Estadual do Utinga. Coordenado pelo Ideflor-Bio em parceria com a Fundação Lymington (SP), o projeto já devolveu 58 ararajubas à natureza — espécie que estava considerada extinta na região há alguns anos. Durante as obras, que incluem substituição de estruturas e instalação de novos ninhos, as aves estão alojadas em um aviário auxiliar dentro do próprio parque, com todas as condições necessárias para seu bem-estar.

A meta agora é reintroduzir mais 50 ararajubas até a COP30, conferência climática da ONU que Belém sediará em 2025. O projeto, referência nacional em conservação, combina técnicas rigorosas de adaptação, como viveiros de aclimatação e dieta com frutas regionais, além de monitoramento contínuo. “Já há uma geração de ararajubas genuinamente paraenses”, destacou Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, reforçando o papel do estado na preservação da biodiversidade amazônica. Com suas plumagens verde-amarelas, as aves simbolizam tanto a resistência ambiental quanto a reconexão afetiva da população com a fauna local.

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