Para maximizar a eficiência energética da ferrovia Carajás, a Vale investe na compra de locomotivas elétricas para substituir o atual “helper dinâmico”, que impulsiona trens carregados em uma área de aclive de 140 quilômetros, em Açailândia (MA), elevando o consumo de combustível.
Na prática, são locomotivas extras que entram em ação para garantir que a composição carregada de minério vença o trecho de subida. As novas locomotivas elétricas a bateria FLXdrive já foram compradas pela Vale em uma parceria firmada com a Wabtec Corporation e devem ser entregues em 2026.
Com a nova tecnologia, a estimativa é de uma economia de 25 milhões de litros de diesel por ano na EFC, deixando de emitir cerca de 63 mil toneladas de carbono, o equivalente ao consumo anual de aproximadamente 14 mil carros de passeio de mil cilindradas.
Em paralelo ao uso de locomotivas elétricas, que inicia a transição energética, a Vale já contratou pesquisas e testes com outros biocombustíveis e fontes com baixa emissão, ou mesmo, de zero emissão de CO².
O biodiesel é uma das alternativas priorizadas pela empresa, considerando os resultados já apresentados. As ferrovias desempenham papel estratégico no transporte da produção da Vale. Juntas, a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) somam cerca de 2 mil quilômetros de linhas e conectam as minas aos portos, onde a produção é embarcada e enviada aos clientes.
A Estrada de Ferro Carajás, por exemplo, tem cerca de 900 quilômetros e conecta o sudeste do Pará ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Mesmo sendo um transporte eficiente quando comparado a outras alternativas, como a rodoviária, reduzir a emissão de CO² da EFC e EFVM também é parte da meta de descarbonização da Vale.
Assim, prevê reduzir em 33% as suas emissões de escopo 1 e 2 até 2030; e de zerar suas emissões liquidas até 2050. Hoje, a malha ferroviária da Vale representa 10% das emissões de carbono da mineradora.
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