Após ser interrompido, quando o Campeonato Paraense de 2025 voltará a ser disputado? Esta é a questão que vários torcedores fazem neste instante. Bragantino, Tuna, Capitão Poço e Clube do Remo foram afetados pela controvérsia por escalarem atletas com menos de 20 anos sem vínculo profissional.
O caso foi analisado pela terceira comissão disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) e um novo veredito será dado, que pode ocorrer ainda nesta semana ou apenas na segunda-feira seguinte, dia 24, dependendo do recurso do Leão Azul.
Isso se deve ao fato de que somente os azulinos ainda não se pronunciaram sobre o assunto. O CAP e a Águia do Souza já apresentaram recursos, ao passo que o Bragantino afirmou que não se pronunciará. Rodolfo Cirino, presidente do TJD-PA, falou à Rádio Clube do Pará sobre o embate.
“Na quarta-feira, o Capitão Poço apresentou o recurso voluntário, que é contra a decisão da 3ª comissão, que ocasionou na perda de pontos do clube. Agora, será marcado um novo julgamento para avaliar a questão da ilegalidade ou não dos jogadores. A Tuna Luso entrou com o recurso voluntário na quinta. O Bragantino se manifestou dizendo que não vai apresentar recurso, tendo em vista que entende que a punição é correta”, disse.
“Enquanto o Clube do Remo tem o prazo até esta quarta-feira para entrar com esse recurso. Se fizerem isso até esta data-limite, devemos marcar o julgamento para o dia 24 de março. Agora, caso entre nesta segunda ou terça, acredito que na sexta-feira a gente consiga fazer este julgamento. Dependendo da decisão, a competição pode retornar. Estamos no aguardo do Clube do Remo”, destacou.
Diante da diversidade de recursos e interesses entre os clubes, é provável que tudo seja encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em outras palavras, a retomada do Campeonato Paraense de 2025 está muito distante. Para Cirino, a narrativa está se encaminhando para um desfecho, embora ainda esteja um pouco distante. “As quatro equipes foram julgadas por uma comissão composta por 5 auditores”, continuou.
“Neste primeiro julgamento cabe recurso para uma segunda instância, que seria no pleno do tribunal, composta por 9 membros, que podem rever a decisão da 3ª comissão. Acredito que, dependendo da decisão do pleno, creio que terá recurso no STJD, no Rio de Janeiro, porque a equipe que se sentir prejudicada pode recorrer, é um direito, a uma instância superior, que seria a última. Ficamos apreensivo, pois queremos a retomada do campeonato, mas acredito que, após a decisão do Pleno do Pará, vão buscar o STJD”, finalizou.
Foto: Camila Lima / Ascom Funtelpa