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Delegado Eguchi surgiu nas eleições de 2018 como um desconhecido absoluto, que granjeou 40 mil votos em sua campanha para deputado federal. Não chegou lá, mas cimentou o caminho para ser o bolsonarismo nas eleições de 2020.
Jogou de lado os tucanos e fincou o pé num segundo turno de opostos, que acabou vencido por Edmilson Rodrigues.
Deixando de lado o fato que perdeu as duas eleições, é uma meteórica carreira política de um delegado federal desconhecido.
Neste caminho, Eguchi colocou todas os ovos na cesta de um só tema: o combate à corrupção.
Hoje de manhã a PF bateu na porta do “japonês da Federal”, como era chamado na eleição municipal.
Ele é alvo de busca e apreensão e em sua casa e foram apreendidos documentos e uma quantidade razoável em dinheiro.
A suspeita é grave: ele teria repassado informações privilegiadas de operações nas quais participou, que é um crime no serviço público federal.
Havia boatos de que ele tinha envolvimento com madeireiros ilegais, mas nada tinha sido investigado até então.
O caso envolve investigação sobre a atuação de organização criminosa dedicada à exploração ilegal de minério de manganês no sudeste paraense. Uma prática que vem produzindo fortunas para empresários do sudeste paraense, alguns deles ligados a políticos. Os crimes investigados são de violação de sigilo funcional, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.
Eguchi foi afastado pela Polícia Federal de suas funções no órgão.
Além de Eguchi, seis empresários estão na mira da PF. A operação conta com a participação de 35 policiais federais.
Pode não dar em nada, mas a mera investigação já tinha o lustro do candidato que enche a boca para acusar os outros e se colocar como o bastião da moralidade e combate à corrupção. Cai a ação da Polícia Federal, cai por terra o seu verniz.
Nos últimos tempos Eguchi vinha se encontrando uma série de políticos que juntos querem vender a população a imagem de homens ilibados.
Pois é, pelo menos no caso dele, a própria instituição da Polícia Federal da qual ele faz parte, investiga o delegado pelos crime acima citados