A Justiça Federal expediu seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva que autorizaram a Polícia Federal a deflagrar a Operação Goblin em três municípios paraenses, nesta terça-feira (20). A operação destina-se a apurar a atuação de grupo criminoso que operava tráfico internacional de drogas, responsável por 381 kg de cocaína apreendidos em uma residência no Distrito de Mosqueiro, a 60 quilômetros de Belém, em junho do ano passado.
Para dar cumprimento aos mandados, expedidos pelo juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, da 3ª Vara, especializada em ações criminais, a Polícia Federal mobilizou 33 agentes, que fizeram diligências nos municípios de Ananindeua e Benevides, na Região Metropolitana de Belém, e em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins.
O magistrado também deferiu o sequestro de bens móveis e imóveis dos suspeitos, avaliados em aproximadamente R$ 22 milhões, referentes a prédios, casa e cotas referentes a apartamentos em resorts de luxo, entre outros. Um dos presos estaria construindo vários prédios em Belém, inclusive batizando-os com nome dos filhos. Os valores sequestrados serão destinados aos cofres públicos para implementação de políticas públicas voltadas especialmente a projetos de reaparelhamento e custeio das atividades de fiscalização, controle e repressão ao uso e ao tráfico ilícito de drogas, assim como programas de prevenção, atenção, cuidado, tratamento e reinserção social de usuários de drogas.
Criptografia – Durante as investigações, observou-se que a associação criminosa fazia uso de aplicativo de criptografia de alto nível para tratar sobre atividades ilícitas, utilizando-se também de complexo sistema de financiamento ao tráfico de drogas que movimentou mais de R$ 89 milhões. O aplicativo de criptografia custa quase R$ 10 mil.
Na decisão que autorizou a Operação Goblin, o Juízo da 3ª Vara ressalta que a suspeita de uso do patrimônio de uma empresa de exportações para o custeio de atos de traficância é reforçada por um relatório da Polícia Federal, que apontou diversas transações em São Paulo (SP), apesar da empresa estar sediada em Belém.
Por Justiça Federal