Até pouquíssimo tempo atrás, a varejista asiática Shein, pouco conhecida por consumidores brasileiros, vendeu mais de R$ 7 bilhões em produtos no Brasil no ano passado.
Assim, alcançou a posição de terceira maior varejista de moda no país, atrás apenas da Riachuelo e da Lojas Renner. Segundo cálculos do banco BTG Pactual, a Shein faturaria algo como R$ 16 bilhões em 2023.
Isso, mais do que dobrando seu volume de vendas, porém, a decisão do governo federal de aumentar a fiscalização sobre encomendas trazidas do exterior é um obstáculo para o plano.
A maior parte das remessas estrangeiras para o Brasil toma proveito do limite de US$ 50 para compras entre pessoas físicas, embora as remessas de empresas como a Shein tenham origem jurídica. O governo diz que será mais criterioso nas inspeções, o que deve aumentar o volume de encomendas taxadas pela Receita Federal.
Caso isso aconteça, a nova realidade pode frear as vendas das varejistas no Brasil e deve retirar um importante diferencial competitivo da Shein: o preço. Relatório do banco BTG Pactual divulgado na terça-feira, 2, mostra que as peças vendidas pela Shein (que hoje vêm da China) são até 400% mais baratas do que as das suas principais concorrentes no Brasil: Lojas Renner, Riachuelo e C&A. Foto: divulgação