Pará supera novamente Minas Gerais em produção mineral

Depois de três anos seguidos na segunda posição, o Pará conseguiu ultrapassar Minas Gerais e assumiu, neste começo de ano, a liderança na produção nacional de minerais. No mês de janeiro, o estado da Amazônia movimentou R$ 10,75 bilhões em exportações de commodities, enquanto o estado rival e origem da mineração no Brasil movimentou R$ 9,19 bilhões.

Em 2021, o Pará ultrapassou Minas Gerais no cômputo anual. No mesmo ano, as atividades de mineração no Pará alcançaram um recorde de R$ 146,58 bilhões, enquanto as companhias de mineração lucraram em seu estado natal R$ 142,97 bilhões, um montante também inédito para o estado do Sudeste do Brasil.

Pará e Minas compartilham a exploração de uma principal commodity mineral, o minério de ferro. No entanto, elas se diferenciam por razões geográficas: o Pará, com mais de duas vezes o tamanho de Minas, possui nove vezes e meia mais títulos de mineração em exploração do que Minas no mês anterior. Por essa razão, ainda hoje, Minas Gerais continua “interferindo” na liderança total do Pará no setor mineral.

No mês de janeiro, Minas registrou uma extração mineral lucrativa para cada 459 quilômetros quadrados de sua área. Para exemplificar, é como possuir um projeto de mineração em funcionamento e gerando valor a cada distância entre Parauapebas e Curionópolis (ou seja, a cada 35 quilômetros), ao longo de todo o estado de Minas Gerais.

No Pará, devido à dimensão do estado, os projetos estão consideravelmente mais distantes entre si. Em média, há uma mina em atividade a cada 9.229 quilômetros quadrados, quase uma para cada distância entre Parauapebas e Redenção (300 quilômetros).

Em contrapartida, os empreendimentos de mineração no Pará costumam ser dez vezes mais lucrativos do que os de Minas Gerais, embora isso ocorra devido à superconcentração da atividade mineradora na Vale, que foi responsável por 87,5% das operações do setor no estado em janeiro.

Foto: Yuri Ribeiro – Agência Pará