Outeiro em ritmo acelerado, Artran sob nova direção e a COP30 na Coluna do Bacana

Outeiro em obras

Outeiro, em obras. O Terminal Portuário de Outeiro passa por uma reforma. R$ 180 milhões em investimentos, financiados pela Itaipu Binacional. A meta é clara: preparar o terminal para receber navios transatlânticos de até 300 metros de comprimento. O motivo? A COP 30, que será realizada em Belém, e precisa de leitos para receber os visitantes. A previsão é que o novo terminal ofereça entre 4 e 5 mil leitos flutuantes em cruzeiros. Tudo isso com prazo de entrega: setembro de 2025. A obra inclui a instalação de 11 “dolfins” — estruturas de concreto e aço que auxiliam na atracação e amarração de embarcações. Serão 8 de atracação e 3 de amarração. Outeiro, versão internacional. Com a reforma, o terminal — hoje voltado a cargas — muda de perfil e a partir da reforma, coloca Belém no mapa dos transatlânticos de turismo e suas temporadas pelo mundo.

Corporativo

Vem aí um novo espaço corporativo em Belém O empresário Roberto Xerfan prepara a abertura do Xperience Connection, um espaço de alto padrão voltado para eventos corporativos. A inauguração está prevista para setembro, na Rua Rui Barbosa. Com estrutura moderna, o local contará com garagem, gerador próprio, elevador, telão de LED, sistema de som e iluminação profissional, serviço de filmagem, auditório e capacidade para até 80 pessoas. Um novo ponto de encontro para ideias, negócios e conexões estratégicas no coração da Amazônia.

Artran sob nova direção

Luciano Dias assume a direção da Artran A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transportes do Pará (Artran) está sob nova liderança. Quem assume o cargo de diretor-geral é o advogado Luciano Dias, natural de Marabá. Com trajetória marcada pela atuação em diferentes áreas da gestão pública, Luciano já foi vice-prefeito e ocupou secretarias voltadas para Saúde, Educação e Integração Regional. À frente da Artran, ele terá como missão intensificar a fiscalização do transporte rodoviário e aquaviário no estado,

Castanhal

Hotel novo em Castanhal. Em ritmo acelerado, Castanhal ganhará um hotel de negócios com selo da Bristol Hotéis & Resorts, e o leitor do Bacana já sabia antes. Serão 16 andares, 140 apartamentos, restaurante, spa, salas de eventos e centro comercial. O investimento, da iniciativa privada com apoio do Banpará e recursos do Fungetur.

E sobre a COP…

‣Infraestrutura em alta. Graças à COP30, a área de infraestrutura concentra hoje os maiores projetos e recursos no Pará. São 14 obras estratégicas, que somam um orçamento estimado em R$ 2,7 bilhões. O mapa das reformas e inaugurações inclui: Parque da Cidade – R$ 980 milhões, Porto Futuro II – R$ 568 milhões, Parque Linear da Doca – R$ 310 milhões, Parque Urbano do Igarapé São Joaquim – R$ 173 milhões, Parque Linear da Tamandaré – R$ 154 milhões, Reforma do Mercado de São Brás – R$ 150 milhões, Ponte de Outeiro – R$ 101 milhões, Reforma do Ver-O-Peso – R$ 66 milhões, Complexo Comercial do Barreiro – R$ 69 milhões, Restauro do Complexo dos Mercedários – R$ 46 milhões, Requalificação do Hangar – R$ 39 milhões, Reforma da Base Aérea de Belém – R$ 26 milhões, Terminal Hidroviário da Tamandaré – R$ 22 milhões, Distrito de Inovação e Bioeconomia – R$ 12 milhões A COP virou o maior catalisador de obras públicas da história recente da capital paraense. Tiro certo do HB.

E mais COP…

A Vila da COP30 já toma forma no bairro do Marco, em frente ao Hangar. Serão 405 suítes em cinco blocos, num terreno de 19 mil m², para hospedar chefes de Estado e delegações internacionais. O projeto é 100% sustentável — sem concreto, sem madeira e com tecnologia de ponta. Tem de tudo: restaurante, bar-café, academia, salas de reunião, loja de souvenirs e até quiosques de artesanato. E o melhor; depois da COP, vira centro administrativo do governo estadual, ou seja, muitos prédios que são alugados hoje pelo governo, deixarão de ser e passarão a funcionar ali.

Dilvanda

Difícil acompanhar. A deputada Dilvanda Faro anda em ritmo próprio — e acelerado. Multiplica agendas, amplia base e ainda coleciona elogios de onde menos se espera. Em Parauapebas, o prefeito Aurélio Goiano — que não é exatamente da mesma turma — fez questão de agradecer publicamente a ajuda da parlamentar. E não foi só pose: a parceria chegou com recursos. Dilvanda, que tem vida e capital político próprios, deve sair da próxima eleição mais forte do que entrou. Já tem gente chamando de “madrinha” até em redutos improváveis, porque além do trabalho no estado, Dilvanda consegue destravar como poucos as questões que dependem de Brasília

Emprego

Quer testar o termômetro da economia? Vá atrás de um pedreiro ou mestre de obras por aí. Spoiler: vai ouvir um “tô sem tempo, chefe!”. É que as obras da COP 30 estão virando um canteiro a céu aberto — e gerando empregos em ritmo de obra acelerada. Segundo o Sinduscon, entre 2023 e 2024, as admissões no setor da construção civil cresceram 14% só na Grande Belém. Números do Caged — ou seja, sem espaço pra chute. Na prática: mais de 5.500 empregos diretos e indiretos já foram criados por causa dos projetos para a cúpula climática. O tal do “Bora Trabalhar” nunca esteve tão literal.

Renilce

Renilce em alta. No Pará, é difícil encontrar um político — de qualquer lado — que duvide da reeleição da deputada federal Renilce Nicodemos. A aposta é que venha com votação ainda maior do que a da última eleição. Logo após tomar posse, Renilce voltou a rodar o estado como quem faz campanha permanente. Não parou mais. Está presente em todas as regiões, entregando obras, benefícios e marcando território. Em Brasília, seu gabinete é parada obrigatória: atende de A a Z, sem distinções de sigla ou sotaque. Na recente festa de Corpus Christi, em Capanema, Renilce atraiu multidões ao levar o padre Fábio de Melo para um show que movimentou a cidade e virou assunto nos grupos de WhatsApp locais. A parlamentar faz política com método, presença e agenda cheia. E, como se diz nos bastidores: Renilce tá voando!

Trapiche

O velho e sofrido trapiche de Icoaraci está com os dias contados. O Terminal Hidroviário Turístico da Vila Sorriso entrou no pacote de obras da COP 30 e já está com 40% do corpo pronto. A obra, que tem importante emenda do deputado Priante e contrapartida do governo do estado, promete virar vitrine fluvial de Belém. Quem comanda o avanço é o governo estadual, que quer deixar tudo tinindo para novembro de 2025. E o que vem por aí? Terminal novinho, com área de embarque coberta, passarela segura (sem gambiarras), rampa de acessibilidade, bilheteria decente, espaço de espera com sombra — e, claro, banheiro que funcione (finalmente). Vai substituir o antigo trapiche, que há décadas mais espanta do que recebe. Barqueiros, ribeirinhos e turistas agradecem. Se tudo seguir no ritmo, dá até pra sonhar com selfie no pôr do sol sem medo de cair na maré.

Flu

A bênção, João de Deus… desde 1980, com amor tricolor Em solo americano, empate em 2 a 2. A torcida do Fluminense, longe de casa mas fiel à mística, puxou o canto que ecoa desde 1980: “A bênção, João de Deus”. Veio o terceiro gol. A música, composta por Péricles de Barros e Moacir Maciel para a visita de João Paulo II ao Brasil, emocionou o país inteiro naquele ano. Mas foi nas arquibancadas das Laranjeiras que ela encontrou sua nova paróquia: a torcida tricolor adotou a canção como hino de fé e identidade. Hoje, mais de quatro décadas depois, bastou entoar o refrão para o improvável acontecer nos Estados Unidos. O Papa abençoou, o Flu marcou. Salve João Paulo II.

Carlão

Carlão, tiro e redenção na cena histórica da teledramaturgia. Poucas cenas foram tão emblemáticas na história da TV quanto a morte de Carlão, em Pecado Capital (1976). Francisco Cuoco, em estado de graça, vive o anti-herói que tenta se redimir — e morre tentando. Na sequência final, Carlão — ex-taxista que encontrou uma mala cheia de dinheiro — resolve devolver tudo. A cena é no coração do Rio: Largo da Carioca, fim de tarde, luz crua e um disparo certeiro. O personagem cai, baleado. Trágico, mas limpo. Um homem comum tentando fazer o certo, tarde demais. Janete Clair, mais uma vez, entrega não só audiência, mas arte. Cuoco, como Carlão, sai da vida para entrar para sempre no panteão da teledramaturgia brasileira.

Cuoco

Cuoco, cena final Francisco Cuoco saiu de cena aos 91. Mas deixa um feito imortal: em 1972, com Janete Clair e “Selva de Pedra”, fez o Brasil parar — literalmente. No capítulo 152, exibido em 4 de outubro, o Ibope cravou o impossível: 100% de audiência no Rio. Na cena histórica, Regina Duarte revela ser Simone, forja a própria morte e deixa a empregada no lugar da tragédia. Cuoco, como Cristiano, era o pivô do drama. Audiência total. Obra-prima. Um galã que virou lenda.

Portugal

Portugal fecha um pouco mais a porta Lisboa quer mudar a regra: brasileiros e timorenses, que hoje entram como turistas e depois pedem residência, terão de chegar já com visto de trabalho em mãos. Segundo o governo português, a facilidade virou problema. O plano é barrar pedidos de residência feitos sem visto — embora a entrada como turista continue liberada. A medida, se aprovada, pode esfriar o sonho de muitos. Afinal, até agora, bastava chegar com a mala e boa vontade. Daqui em diante, será preciso papel timbrado.

Junino

É mês junino, tempo de bandeirinhas, forró e das tradicionais quadrilhas. Mas você sabe de onde vem essa dança ? Acredite: a origem da quadrilha remonta à Inglaterra do século XIII. Durante a Guerra dos Cem Anos, o estilo atravessou o Canal da Mancha e foi adotado pelos franceses, que a adaptaram ao gosto da corte. Séculos depois, no século XIX, a quadrilha chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses, junto com a corte. Por aqui, deixou os salões da elite europeia e ganhou vida nova nas festas juninas, misturando-se aos ritmos, sotaques e tradições populares de cada região. Hoje, a quadrilha é um dos símbolos mais animados do São João — e a gente dança sem nem imaginar que essa história começou lá na Idade Média!

Canadá

O Canadá está no topo da lista dos destinos preferidos por estudantes internacionais — são mais de 620 mil espalhados entre campi e cafeterias, enfrentando o frio em nome do diploma. Entre eles, estima-se que mais de 25 mil sejam brasileiros, divididos entre Toronto, Vancouver e Montreal — cidades queridinhas, cheias de sotaque, charme e cafés que cobram em dólar canadense. No pódio das universidades estão Toronto, McGill (em Montreal) e a Colúmbia Britânica (em Vancouver), todas com prestígio internacional e nos rankings das melhores do mundo!

Austrália

O mais recente censo bateu o martelo: há cerca de 46,7 mil brasileiros vivendo na longínqua Austrália — e, pasme, quase 20 mil deles com o status de estudantes. Mas não se iluda: nossos conterrâneos ainda disputam espaço nos auditórios com uma verdadeira legião asiática. Entre os 624 mil estudantes internacionais que desembarcaram por lá (um recorde histórico!), os chineses lideram com folga: 30%. Em seguida vêm os indianos (11%), os nepaleses (5%) e os malaios (4%). No quesito ensino superior, quem manda mesmo é o seleto Grupo dos Oito — ou Group of Eight, para os mais formais. São elas: Universidade Nacional Australiana (ANU), Melbourne, Sydney, Queensland, Austrália Ocidental, Adelaide, Monash e UNSW Sydney. Todas metidas com pesquisa de ponta, citações em rankings internacionais e aquela velha ambição de estarem entre as melhores do mundo

Arraial

O Arraial de Todos os Santos 2025 continua com programação até o dia 27 de junho, trazendo ao público apresentações de quadrilhas juninas, grupos folclóricos, shows regionais e outras atrações culturais. O evento acontece no espaço montado pela Fundação Cultural do Pará, no prédio do Centur. A entrada é gratuita.

Hotel

Explosivo! A hotelaria de Belém está na berlinda — e com relógio correndo! O Ministério da Justiça deu 10 dias para que 24 estabelecimentos da capital paraense (incluindo o Sindicato dos Restaurantes) apresentem justificativas convincentes para os preços nas alturas das hospedagens para a COP30, marcada para novembro.

Mundial

Veja a premiação por cada fase do Mundial de Clubes: Times da Europa: de 12,81 milhões de dólares (R$ 71,66 milhões) a 38,19 milhões de dólares (R$ 213,63 milhões) Times da América do Sul: 15,21 milhões de dólares (R$ 85 milhões) Times da Concacaf: 9,55 milhões de dólares (R$ 53,4 milhões) Times da Ásia: 9,55 milhões de dólares (R$ 53,4 milhões) Times da África: 9,55 milhões de dólares (R$ 53,4 milhões) Times da Oceania: 3,58 milhões de dólares (R$ 20 milhões) Veja a premiação por cada fase do Mundial de Clubes: Fase de grupos: 2 milhões de dólares (R$ 11,2 milhões) por vitória e 1 milhão de dólares (R$ 5,59 milhões) por empate Oitavas de final: 7,5 milhões de dólares (R$ 41,9 milhões) Quartas de final: 13,125 milhões de dólares (R$ 73,4 milhões) Semifinais: 21 milhões de dólares (R$ 117,4 milhões) Vice-campeão: 30 milhões de dólares (R$ 167,8 milhões) Campeão: 40 milhões de dólares (R$ 223,7 milhões)

E os brasileiros no Mundial

Cada clube sul-americano, brasileiros incluídos, receberá US$ 15,2 milhões (cerca de R$ 87 milhões) apenas pela participação. Além disso, serão pagos US$ 2 milhões (R$ 11,4 milhões) por vitória e US$ 1 milhão (R$ 5,7 milhões) por empate na fase de grupos.

Mineração

Mineração Sustentável em Debate Nos dias 23 e 24 de junho, em Belém, o Simineral realiza mais uma edição do seu evento, com o tema: “Regulação ambiental e consulta prévia: caminhos para a mineração sustentável no Pará.” O congresso reunirá representantes do setor mineral, autoridades, especialistas e sociedade civil para debater responsabilidade socioambiental, diálogo com comunidades e inovação. Entre os participantes estão ITV, SEMAS, ICMBio, SEDEME, IPHAN, FIEPA, IBAMA, IBRAM, FUNAI, MPE, ANM, OAB, OIT e empresas do setor. A iniciativa é do Simineral e Semas, com patrocínio de Vale, Hydro, MRN, Bemisa e Alcoa, além do apoio da Proactiva, Silveira e Athias, FIEPA e Ibram.

Nos ares…

Alta rotatividade na Costa Amalfitana A Uber, sempre atenta aos ventos do verão europeu, acaba de anunciar um mimo exclusivo para os endinheirados de plantão que passeiam pela charmosa Costa Amalfitana. A partir de 25 de junho, será possível reservar – via aplicativo, naturalmente – voos panorâmicos de helicóptero entre Sorrento e Capri, por módicos €250 por cabeça. Ou, para os mais sociáveis, cruzeiros privativos a bordo de barcos italianos, com lotação de até 12 sortudos. A aposta é alta: a empresa mira os cinco milhões de visitantes previstos para a temporada. Vale lembrar que esse não é o primeiro flerte da Uber com os céus: em 2016, o Uber Copter já fazia barulho – e voava – entre heliportos e aeroportos de São Paulo.

Pavilhão

Contagem regressiva Belém se prepara para receber a COP30, em novembro. Já está aberto o edital para que organizações credenciadas junto à UNFCCC manifestem interesse em montar seus pavilhões na Blue Zone — o coração diplomático da conferência. Cenário plural Os pavilhões são vitrines de projetos, sabores e saberes dos 196 países-membros da ONU. Cultura, gastronomia, clima e negócios se encontram por ali. Inscrições até 2 de julho. Mais detalhes As organizações interessadas podem acessar todas as informações e critérios de participação no site oficial: http://cop30.br.

Mercado

Mercado de olho Os estrangeiros voltaram com tudo ao mercado imobiliário dos EUA. Orlando — sempre ela! — está no Top 5 das mais desejadas em 2025, atrás de Miami e Nova York. De onde vêm? Canadá lidera, mas caiu de 40,7% para 34,7%. Reino Unido, México e Alemanha também aparecem. E o Brasil? Ficou em 8º no ranking geral e em 4º na Flórida. Entre os queridinhos: Orlando, Miami, Kissimmee e Tampa. O que isso significa? Mais imóveis valorizando, mais obras subindo e mais advogados e corretores faturando.

Paragominas

Sidney fica! O clima esquentou em Paragominas, mas o prefeito Sidney Rosa segue firme no cargo. Quem tentou derrubá-lo foi o promotor Maurim Vergolino, que entrou com um pedido de afastamento imediato. Mas quem bateu o martelo foi a juíza Nilda Mara Miranda de Freitas Jacome, da 1ª Vara Cível e Empresarial da comarca, que não comprou a ideia. A magistrada foi clara: afastar um prefeito eleito pelo voto direto não é coisa que se faça de qualquer jeito.

Aquapraça

Como o leitor do Bacana já sabia… A AquaPraça, uma praça flutuante adaptada às mudanças climáticas, será destaque na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza, no dia 4 de setembro. E mais: depois do evento internacional, a estrutura será levada direto para Belém do Pará, onde integrará a programação da COP30, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. Assinado pelo prestigiado escritório @howeleryoonarchitecture em parceria com o @crassociati, o projeto propõe uma convivência harmônica com a natureza – nada de confronto. Com 400 m² e capacidade para 150 pessoas, a AquaPraça foi desenhada para receber conferências, oficinas, exposições e eventos diversos. E o melhor: vai se tornar uma instalação cultural permanente em Belém

Margem Equatorial

Entenda por que a Margem Equatorial atrai tanto interesse da indústria do petróleo A Margem Equatorial brasileira, especialmente a Bacia da Foz do Amazonas, vem ganhando destaque como uma nova fronteira para exploração de petróleo. Estima-se que a região abrigue ao menos 30 bilhões de barris, segundo a Petrobras e a ANP. O Ministério de Minas e Energia aposta que ali pode surgir um “novo pré-sal”. O interesse cresceu com descobertas recentes no litoral das Guianas, vizinhas do Amapá. A área se tornou promissora devido à sua origem geológica: há cerca de 130 milhões de anos, a separação entre América do Sul e África formou mares interiores ricos em matéria orgânica — ambiente ideal para a formação de petróleo. Os sedimentos depositados junto a micro-organismos marinhos mortos — como fitoplânctons e zooplânctons — formaram as chamadas rochas geradoras. Ao longo de milhões de anos, a pressão e o calor transformaram essa matéria orgânica em petróleo, que ficou aprisionado sob a crosta terrestre. Ao contrário do mito popular, o petróleo não se forma a partir de dinossauros, mas de microvida marinha. Hoje, a região é cobiçada por gigantes do setor, como Petrobras, ExxonMobil e Chevron, mas também é alvo de debates ambientais por sua localização sensível na costa amazônica.

Nova tarifa social

A partir de 5 de julho, mais de 3,2 milhões de paraenses (isso mesmo, 36,9% da população do estado) entram no radar da nova tarifa social de energia elétrica. São 914 mil unidades consumidoras no Pará que se enquadram no benefício – mais da metade das famílias aptas na Região Norte. Reflexo claro do baixo IDH da região. No país todo, 17,39 milhões de famílias serão alcançadas pela medida, embalada pela Medida Provisória nº 1.300/2025, assinada por Lula. Quem consome até 80kWh por mês fica isento. Passou disso? Só paga a diferença.