Orgulho Autista: movimento celebra neurodiversidade e luta por direitos

A data de 18 de junho reforça necessidade de acessibilidade real e combate ao capacitismo

No próximo dia 18 de junho, o Dia do Orgulho Autista traz à tona discussões urgentes sobre inclusão efetiva e valorização da neurodiversidade. Criado por e para pessoas autistas, o movimento desafia a visão patologizante do Transtorno do Espectro Autista (TEA), propondo uma sociedade que acolha as diferenças sem exigir “cura” ou adequação. “O autismo não é doença, mas parte da diversidade humana”, reforça o advogado Kristofferson Andrade, especialista em direitos da pessoa com deficiência. Apesar de avanços legais como a Lei Brasileira de Inclusão, famílias ainda enfrentam barreiras no acesso à educação, saúde e mercado de trabalho.

Histórias como a de Benedita Souza e seu filho João Victor, de Belém, ilustram os desafios e conquistas dessa jornada. “Aprendi que meu filho não precisava se moldar, mas ser compreendido em sua singularidade”, relata a mãe, que transformou o diagnóstico em militância. Dados do CDC (EUA) indicam que 1 em cada 36 crianças está no espectro, reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes. Enquanto isso, o movimento do Orgulho Autista cresce, mostrando que a verdadeira inclusão começa quando a sociedade aprende a valorizar diferentes formas de ser e estar no mundo.

Foto: Michal Parzuchowski/Pixabay