A Inteligência Artificial (IA) tem se sobressaído nas últimas décadas, pela sua eficácia ao revolucionar diversos setores com sua agilidade e métodos inovadores. No entanto, embora a IA proporcione praticidade ao dia a dia das pessoas, também está contribuindo para o aumento das desigualdades globais, uma vez que quase metade dos postos de trabalho podem ser impactados.
De acordo com um documento da ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a aplicação da Inteligência Artificial poderia impactar 40% dos empregos globais, proporcionando aumento de produtividade, mas também levantando preocupações acerca da automação e da extinção de empregos.
Em outras palavras, a força de trabalho das economias mais desenvolvidas pode ser a mais impactada, mesmo estando bem à frente das economias emergentes e de baixa renda no que diz respeito ao uso de seus benefícios. Ademais, em todas as áreas, os setores mais suscetíveis a essa transformação são os que envolvem atividades cognitivas, ao contrário das ondas tecnológicas passadas que afetaram diretamente a vida dos membros da classe operária.
Segundo o documento, essa situação se refere à IA generativa, que tem a capacidade de gerar novas ideias e conteúdos. No entanto, isso poderia resultar em um crescimento maior da mão de obra em comparação com a automação, especialmente em nações de renda baixa e média. No relatório, a ONU sugere que a implementação de algumas estratégias e a modificação do trabalho nas organizações possam alterar a situação no futuro.
“É crucial investir em reciclagem, aprimoramento das competências e adaptação da força de trabalho para assegurar que a Inteligência Artificial aumente as chances de emprego, ao invés de eliminá-las”, destaca. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023, as tecnologias de ponta, que englobam Inteligência Artificial, blockchain, nanotecnologias e internet das coisas, somaram aproximadamente 2,5 trilhões de dólares.
Assim, prevê-se que até 2033, a Inteligência Artificial estará no topo da lista com um valor de 4,8 bilhões de dólares, o que corresponde a R$27 trilhões no Brasil.
Foto: ICMC São Carlos – Imagem: gerada por inteligência artificial pelo Adobe Firefly.