Na sexta-feira (21), a ONU alertou que as geleiras do mundo derreteram a uma velocidade vertiginosa no ano passado, um fenômeno que parece impossível de parar. Os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados.
Enquanto as concentrações de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, atingiram novos recordes, lembrou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). “O gelo marinho da Antártica atingiu seu nível mais baixo e o derretimento de algumas geleiras europeias literalmente quebrou recordes”, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Isso, em seu relatório anual sobre o estado do clima mundial. A organização que é agência especializada das Nações Unidas. O nível do mar também atingiu recordes, com uma elevação média de 4,62 milímetros por ano entre 2013 e 2022, o dobro de entre 1993 e 2002. Temperaturas recordes também foram registradas nos oceanos, onde termina cerca de 90% do calor retido na Terra pelos gases do efeito estufa.
No Acordo de Paris de 2015, os países concordaram em limitar o aquecimento global a “muito abaixo” de 2ºC, de preferência 1,5ºC, em comparação com os níveis de 1850-1900. Segundo o relatório da OMM, a temperatura média global em 2022 foi 1,15ºC acima da média de 1850-1900.
Da mesma forma, nos últimos oito anos, as temperaturas médias globais atingiram recordes, apesar do resfriamento causado pelo fenômeno meteorológico La Niña por três anos consecutivos. As concentrações de gases de efeito estufa atingiram novos máximos globais em 2021 e continuaram aumentando em 2022.
Foto: /Ana Nascimento/Agência Brasil