Mulheres ficam imunizadas por mais tempo após infecção por covid-19, indica estudo

Segundo análise proposta pelo jornal francês Le Parisien, com base em um estudo realizado pelo Instituto Pasteur, o Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) e hospitais de Estrasburgo, no leste da França, tudo indica que as mulheres ficam protegidas por mais tempo depois de contrair o coronavírus.

Profissionais de saúde dizem que já havia sido observado em hospitais que mulheres tinham menos probabilidade de sofrer de formas graves da covid-19. Os resultados do estudo foram publicadas no Journal of Infectious Diseases. 

Na publicação, os pesquisadores explicam que o gênero parece influenciar na diminuição do nível de anticorpos que se formam quando o corpo humano luta contra o vírus e posteriormente o protege contra uma nova infecção.

A diretora do Instituto de Virologia do Hospital Universitário de Estrasburgo, Samira Fafi-Kremer resume a pesquisa afirmando “O nível de anticorpos presentes nas mulheres da amostra que acompanhamos diminui muito menos rapidamente do que nos homens” disse.

Baseada em análise com 400 cuidadores e pessoal do setor administrativo dos hospitais de Estrasburgo, que haviam sido infectados sem a forma grave da doença no fim de março de 2020, a pesquisa indica que embora os homens desenvolvam mais anticorpos no início, eles os perdem rapidamente. 

No entanto, depois de seis meses, 38% das mulheres ainda têm o mesmo nível de anticorpos do começo: “Seis meses depois de adoecer, 38% das mulheres não perderam os anticorpos, contra 8% dos homens”, detalha Samira. A pesquisadora destaca que a proteção diminui ao longo do tempo, mas que representa uma garantia maior de proteção que pode ser prolongada com a vacinação.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil