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O Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, e o Museu Catavento, em São Paulo, retomaram uma parceria estratégica para conservação e reprodução de borboletas em cativeiro. O intercâmbio de espécies visa manter a diversidade genética e evitar problemas como endogamia em populações confinadas.
A colaboração começou há cerca de 10 anos, quando o Mangal enviou matrizes da borboleta olho-de-coruja (Caligo illioneus) para ajudar a formar o borboletário paulista. Agora, o Catavento devolve exemplares da mesma espécie ao Mangal, que havia perdido sua colônia há dois anos. Em troca, o parque paraense fornecerá outra espécie ao museu.
Segundo o biólogo Basílio Guerreiro, do Mangal, essas trocas são essenciais para evitar a degeneração genética. “Em ambientes fechados, o cruzamento entre parentes próximos pode enfraquecer as borboletas. Com o intercâmbio, renovamos as populações”, explicou.
A reaproximação foi impulsionada pela bióloga Maristela Zamoner, que reuniu borboletários de todo o Brasil em uma rede de cooperação. O projeto resultou em um livro colaborativo, com contribuições das instituições envolvidas.
Como próximo passo, uma equipe do Museu Catavento visitará o Mangal em junho para troca de conhecimentos sobre manejo. Em agosto, quando o borboletário paulista completar 10 anos, o Mangal será homenageado como parceiro fundamental em sua criação.
A iniciativa reforça o Mangal das Garças como referência nacional na preservação de borboletas, fortalecendo a conservação da biodiversidade brasileira.
Com informações da Ascom/OS Pará 2000