“Legendários não impõe masculinidade obsoleta”, afirma fundador de movimento alvo de polêmicas

Chepe Putzu, criador do grupo que atrai celebridades como Thiago Nigro e Neymar pai, rebate críticas de elitismo e machismo em entrevista ao g1

O movimento Legendários, que combina pregações cristãs com desafios físicos extremos, tem ganhado força no Brasil, atraindo até figuras conhecidas como o investidor Thiago Nigro e Carlos Neymar, pai do jogador Neymar. Em entrevista ao g1, o fundador Chepe Putzu, pastor guatemalteco radicado nos EUA, defendeu que o grupo não promove um modelo ultrapassado de masculinidade, mas busca “restaurar valores essenciais” para homens em crise emocional e espiritual. Putzu rebateu acusações de elitismo – já que inscrições podem custar de R$ 450 a R$ 81 mil – e destacou que o movimento oferece bolsas para inclusão.

Questionado sobre críticas de machismo, Putzu afirmou que os Legendários não incentivam a dominação, mas o serviço e a responsabilidade. Ele citou dados como o fato de 95% da população carcerária brasileira ser masculina e 91% dos homicídios no país serem cometidos por homens para justificar a necessidade de uma “transformação”. O movimento, que já realizou ações como a entrega de 4,5 mil toneladas de alimentos no Rio Grande do Sul após as enchentes, exige atestado médico para participação em provas físicas, mas garante que o foco é a “introspecção, não a competição”. Sobre a presença de famosos, Putzu disse que o crescimento se deve a “homens impactados que viralizam suas experiências”, não a estratégias de marketing.

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