Promotoria investiga possível participação de magistrada em documentário e entrada irregular de câmeras no tribunal
O julgamento que apura as circunstâncias da morte do ídolo do futebol Diego Maradona foi suspenso por uma semana nesta terça-feira (20) após a promotoria argentina questionar a conduta de uma das juízas. A magistrada Julieta Makintach é acusada de ter participado de um documentário sobre o caso e de permitir a entrada não autorizada de câmeras no tribunal — prática proibida desde o segundo dia de audiências. A defesa dos réus apresentou dois pedidos de impedimento contra ela, alegando “parcialidade” e “conivência” com a produção midiática. “Tenho certeza da minha imparcialidade”, rebateu Makintach, que terá uma semana para se explicar.
Sete profissionais de saúde, incluindo o médico pessoal Leopoldo Luque, respondem por homicídio com dolo eventual (quando há consciência do risco de morte). Eles são acusados de negligência no tratamento de Maradona, que morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, por um edema pulmonar após cirurgia cerebral. Se condenados, podem pegar de 8 a 25 anos de prisão. A suspensão abre a possibilidade de anulação do processo, dependendo do resultado da investigação sobre as violações. O tribunal deve decidir o próximo passo em 27 de maio.
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