Ator reflete sobre batalha judicial com Amber Heard e impacto em sua carreira: “Se não mostrasse a verdade, pareceria culpado”
Em entrevista ao The Sunday Times, Johnny Depp voltou a falar sobre o turbulento período das acusações de violência doméstica feitas por Amber Heard em 2016. O ator afirmou ter se tornado um “bode expiatório” do movimento #MeToo, destacando que decidiu lutar legalmente para limpar seu nome: “Se eu não tentasse apresentar a verdade, pareceria que tinha cometido aqueles atos”. Apesar da vitória no processo de difamação nos EUA em 2022 – onde Heard foi condenada a indenizá-lo –, Depp ressaltou o custo pessoal e profissional: “Fui retirado de ‘Piratas do Caribe’… mas preferi lutar até o fim”.
O caso, que incluiu revelações mútuas de abuso, dividiu opiniões públicas. Enquanto um júri nos EUA concedeu a Depp US$ 15 milhões (reduzidos para US$ 350 mil), Heard também recebeu US$ 2 milhões em uma contra-ação. O ator citou ainda a derrota em um processo anterior no Reino Unido, onde um juiz considerou “substancialmente verdadeiras” as alegações de Heard. Apesar das contradições judiciais, Depp manteve sua postura: “Já fui chamado de maluco antes… o importante era não deixar a ficção prevalecer”. O episódio segue como um dos mais divisivos da indústria no rastro do #MeToo.
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