Alimentos e medicamentos pressionam IPCA, que acumula 5,53% em 12 meses; passagens aéreas e combustíveis trazem algum alívio aos preços
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,43%, registrando desaceleração pelo segundo mês consecutivo, mas mantendo-se acima do teto da meta de inflação (4,5%). Os dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE mostram que alimentos (+0,82%) e produtos farmacêuticos (+2,32%) foram os principais responsáveis pela pressão nos preços, enquanto o setor de transportes (-0,38%) trouxe alívio, especialmente com quedas nas passagens aéreas (-14,15%) e combustíveis.
No acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 5,53%, o maior patamar desde fevereiro de 2023. Destaques negativos incluem o café moído, que subiu 4,48% no mês e acumula alta recorde de 80,2% no ano. O resultado mantém a inflação fora da meta pelo quinto mês seguido, reforçando o cenário de juros altos, com a Selic em 14,75% ao ano. O INPC, índice que mede a inflação para famílias de baixa renda, registrou variação de 0,48% em abril, impactado principalmente pelo peso maior dos alimentos nessa parcela da população.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo