Fraude no INSS: mais quatro entidades devem ser investigadas por descontos indevidos

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Justiça já bloqueou R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações; suspeita envolve mais de R$ 6 bilhões

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, informou nesta sexta-feira (16) que mais quatro entidades associativas devem ser incluídas no processo que apura fraudes em aposentadorias e pensões do INSS. A medida amplia a investigação que já resultou no bloqueio judicial de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades acusadas de realizar descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas. A operação, conduzida em parceria com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, apura desvios que somam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

De acordo com a AGU, os indícios apontam que várias dessas entidades foram criadas com o único propósito de aplicar golpes, sem oferecer benefícios reais aos associados. Desde terça-feira (13), cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados sobre os descontos, e mais de 1 milhão já formalizaram pedidos de reembolso. Os segurados podem verificar os descontos e a entidade responsável por meio do serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas” no aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. A colaboração dos beneficiários tem sido fundamental para identificar novas associações suspeitas, afirmou o ministro.