Filme internacional poderá ter como cenário o Pará

O Brasil poderá se juntar ao grupo como coprodutor oficial de um filme internacional, tendo as terras paraenses como palco da trama. As filmagens devem ocorrer ainda este ano. “Transamazônia”, filme cuja trama se passa na Amazônia brasileira, contará a história de uma jovem que depois de sobreviver a um acidente de avião quando criança, se torna uma notória curandeira milagrosa.

Essencialmente, o filme é o desvendar do mistério de sua verdadeira identidade. Será uma coprodução entre França, Alemanha, Suíça e Taiwan. “E não é apenas um serviço de produção, já que [o Pará] é onde o filme se passa e de onde queremos que venha a maior parte da nossa equipe. Criar uma coprodução oficial com o Brasil e especificamente com a região do Pará é muito essencial para nós, tanto criativa quanto logisticamente”, afirma a cineasta sul-africana Pia Marais, de 51 anos. Ela e sua equipe estão em Belém desde o último final de semana em busca de locações para a produção cinematográfica. 

“Como a história do filme ‘Transamazônia’ se passa na Amazônia brasileira, e planejamos rodar o filme este ano, nossa preocupação é encontrar o lugar e a situação certos tanto criativamente quanto para a produção”, diz Marais. Durante a semana passada, ela aproveitou para encontrar com autoridades representantes da cultura na capital e no Estado. “E essa foi nossa principal missão nos encontros que tivemos. Para filmarmos em Belém, é fundamental encontrarmos parceiros e colaboradores. As reuniões que tivemos foram boas e esperamos muito encontrar um bom apoio para trazer o filme para cá. Seguimos confiantes pois todos com quem conversamos foram muito generosos e prestativos”, comenta a sul-africana.

“Até agora nos sentimos muito afortunados por trabalhar com Jorane Castro [diretora de cinema] aqui em Belém. Ela é uma diretora e produtora maravilhosa e apoia muito a ‘Transamazônia’. Estamos trabalhando também com os produtores executivos Camilo Cavalcanti e Viviane Mendonça nesse processo de construção de parcerias no Brasil”, acrescenta. Pia explica que se inspirou na história verídica de uma jovem alemã, Juliane Koepke, que sobreviveu a um acidente de avião na Floresta Amazônica em 1971. 

“Ela se tornou uma sensação da noite para o dia e sua sobrevivência foi considerada um milagre. Muito mais tarde, ela disse que a floresta tropical lhe devolveu a vida. Isso me interessou, pois minha percepção da floresta era, ao contrário, a de um lugar bastante perigoso. Durante o trabalho de escrita e pesquisa, a história e os temas evoluíram. Essencialmente, porém, é sobre a importância e a beleza da Amazônia, que é o que quero transmitir com o filme agora”, detalha. Para a cineasta, as produções cinematográficas são fundamentais para trazer a realidade da Região Amazônica para o mundo.

Com informações do DOL

Foto: divulgação