Membros do setor florestal paraense se reuniram na tarde da terça-feira (21), em Belém, com o objetivo de debater formas de aperfeiçoar a produção madeireira no Estado, especialmente às voltadas para a saúde e a segurança dos trabalhadores na indústria.
O workshop “A gestão da saúde e segurança do trabalho no setor de base florestal” reuniu representantes de associações e sindicatos, empresas, trabalhadores, além de membros da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado do Pará (SRTE-Pa), do Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).
Para Jomar Sousa, superintendente em exercício e chefe da fiscalização da Superintendência do Trabalho, é preciso unir todos os elos da cadeia produtiva, para fortalecer o setor como um todo. “Nosso objetivo, seja da Superintendência, das empresas, dos trabalhadores ou do Sesi e Senai, é evoluir sempre. E esse evento é um passo importante em direção a isso, quando falamos no aperfeiçoamento do setor de saúde e segurança na atividade florestal”, defende.
O evento é uma iniciativa do próprio setor produtivo florestal e também visa atender a recomendações do Ministério do Trabalho, para aprimorar o dia a dia da produção de madeira, seja na floresta ou nas indústrias. “O nosso objetivo é ter uma indústria cada vez mais segura para nossos trabalhadores, o que, inevitavelmente, vai repercutir em uma melhoria do setor como um todo. O que estamos fazendo hoje é justamente buscar dar suporte às empresas, ver e discutir formas de melhorar os processos produtivos e ter um ambiente melhor e mais seguro”, explica Daniel Bentes, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais (Confloresta).
Entre os temas debatidos durante a programação, estiveram estudos de casos sobre formas de melhorar dispositivos em máquinas e equipamentos, além da gestão de saúde e segurança e programa de gerenciamento de riscos.
Para Deryck Martins, diretor executivo da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), a possibilidade de reunir representantes de diversas instituições que fazem parte dessa cadeia produtiva é fundamental para fortalecer a atividade madeireira no Estado.
“Basta olhar para o mapa do Brasil, que é fácil de entender que o desenvolvimento do Pará e do país, como um todo, passa inevitavelmente pelo desenvolvimento do setor florestal. Agora precisamos de ações e projetos que fortaleçam a atividade, já temos o manejo florestal, precisamos impulsionar as concessões florestais e aperfeiçoar esses mecanismos, cada vez mais, para chegar a esse objetivo”, reforça Martins.
Já para o presidente do Centro da Indústria do Pará (CIP) e diretor da Fiepa, José Maria Mendonça, o setor florestal é uma das principais possibilidades de desenvolvimento do Estado. “Elencamos e apresentamos sete projetos estruturantes para o desenvolvimento do Estado e um deles é o manejo correto e sustentável de nossas florestas”, explica.
Alex Carvalho, recém-eleito presidente da Fiepa e atual presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon-Pa), reforça essa ideia: “a estruturação do setor florestal madeireiro é fundamental e um pilar de sustentação de vários outros setores em nosso Estado, como o moveleiro e o da própria construção civil. Precisamos voltar a investir em produtos de madeira na construção e, para isso, precisamos de uma atividade desenvolvida e fortalecida”, observa.
Além do evento realizado em Belém, também está prevista uma edição do workshop em Santarém (PA), ainda este mês de março, como forma de atingir o maior número possível de empresas. “Santarém é, também, um dos principais polos madeireiros do Pará, então precisamos juntar esforços para debater formas de melhorar a atividade madeireira no Pará”, finaliza Dario Leite, superintendente do Sesi-Pa.
Por Ascom
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