Foto: Carolyn Kaster/AP
Os Estados Unidos começaram a vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 nesta quarta-feira (3) um dia após a recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O principal órgão de saúde do governo americano recomendou a vacina da Pfizer/BioNTech para uso amplo nesta faixa, seguindo a autorização da FDA, agência sanitária do país.
Inicialmente, o país disponibilizou 15 milhões de doses da vacina para esta população, mas pretende ampliar o acesso a partir da próxima semana.
Ainda durante a manhã, alguns pais levaram seus filhos aos centros de vacinação – grandes redes de farmácias já oferecem agendamentos para o próximo final de semana.
Courtney Mitchell, da Carolina do Norte, disse à agência Reuters que acordou às 6h para agendar uma vacinação para Jane, sua filha de cinco anos.
“Eu me senti me inscrevendo para ingressos de show cobiçados”, contou a mãe de 42 anos a respeito do agendamento da dose inicial de sábado em uma farmácia.
Enquanto cerca de 58% dos norte-americanos estão totalmente vacinados contra a Covid-19, cerca de 28 milhões de crianças de menos de 12 anos não estavam autorizadas a se imunizar até agora.
Aprovação do CDC
“O CDC agora expande a recomendação de vacinação para cerca de 28 milhões de crianças nesta faixa etária nos Estados Unidos e permite que os distribuidores comecem a vaciná-las o mais rápido possível”, disse o documento, divulgado no site do órgão de saúde. A expectativa é que essa nova fase de imunização comece ainda nesta semana.
A decisão ocorre após a autorização da agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) na última sexta-feira (29). Exceto por uma abstenção, os especialistas votaram de forma unânime, apontando que os benefícios da prevenção contra a Covid-19 superam eventuais riscos associados à vacinação nesta faixa etária.
Eficácia comprovada
Na sexta-feira (22), a Pfizer informou que sua vacina contra a Covid-19 é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos. Os dados foram enviados à FDA.
O estudo acompanhou 2.268 crianças que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo. Cada dose foi um terço da quantidade administrada a adolescentes e adultos.
Segundo os pesquisadores, 16 crianças que receberam o placebo foram infectadas com Covid-19, em comparação com três que receberam o imunizante.