Segundo relatório da Oxfam, enquanto 3,7 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 8,30 diários (R$ 45), o 1% mais rico do mundo acumulou US$ 33,9 trilhões (R$ 185 trilhões) desde 2015 – valor suficiente para acabar com a pobreza extrema 22 vezes. O estudo revela que apenas 3 mil bilionários concentram US$ 6,5 trilhões (R$ 35,4 trilhões), equivalente a 14,6% do PIB mundial, em um cenário de acelerada concentração de renda.
O documento alerta para o paradoxo do crescimento da riqueza privada (US$ 342 trilhões desde 1995) versus a estagnação dos recursos públicos (US$ 44 trilhões no mesmo período), enquanto países ricos cortam ajuda humanitária – o G7 reduzirá em 28% seus repasses até 2026. A Oxfam projeta que esses cortes podem causar até 2,9 milhões de mortes por HIV/AIDS até 2030, expondo o custo humano da desigualdade global.
Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil