Na cidade de Itaituba, os vendedores de peixe que trabalham no Mercadão Beira-Rio, principal ponto de venda de peixe na cidade, estão vendo seus negócios serem estreitamente prejudicados após o aparecimento de casos da doença de Haff, ou doença da “urina preta”, que pode ser encontrada em determinadas espécie de peixe e que já foi constatado em várias cidades vizinhas. Apesar de Itaituba ainda ter tido nenhum caso da referida doença, a população mostra-se receosa para consumir o pescado municipal, e isso é refletido na latente diminuição do comércio de peixe no mercadão de peixe da cidade.
Um dos vendedores do mercadão comenta a situação. “A movimentação de cliente caiu e estamos há três dias sem vender nada, não está dando ninguém aqui dentro do mercado”. Ele ainda garante que os peixes que são comercializados ali, são todos do Rio Tapajós, onde não houve nenhum incidente da doença. Por conta dos casos suspeitos nas cidades vizinhas, a Divisão de Vigilância e Saúde de Itaituba têm intensificado fiscalizações nos locais onde o produto pode ser comercializado.
Delano Mourão, do Setor de Zoonose, afirmou que as ações que vêm sendo realizadas buscam verificar a origem e as condições de conservação dos peixes e também foi verificado nessas fiscalizações que o consumo do pescado realmente têm caído.
Jorge Carvalho, diretor de fomento animal da Secretaria de Agricultura do Município, enfatizou que a SEMAGRA está trabalhando junto com a Vigilância Sanitária nas fiscalizações do peixe comercializado na cidade. Ele explicou também que os casos que estão sendo investigados não colocam o pescado que é retirado do rio como contaminado, mas sim que essa contaminação ocorre pelas condições que o produto é armazenado.
Foto: Macio Ferreira/ Arquivo Ag. Pará