Crescimento de dengue, zika e chikungunya em Belém acende alerta com mudanças climáticas

Sesma registra mais de 10 mil casos de doenças virais em 2024; médicos orientam sobre prevenção e sinais de alerta

O cenário de calor intenso intercalado com chuvas torrenciais em Belém está criando condições ideais para a explosão de arboviroses. Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam que apenas nos primeiros cinco meses de 2024, mais de 10 mil casos de doenças como dengue, zika e chikungunya foram registrados na capital paraense. Moradores como Lúcia Sousa, da Cabanagem, vivem na pele o drama: “Três vizinhos pegaram dengue em pouco tempo, e meu sobrinho de 9 anos precisou ser internado”, relata.

A médica Bárbara de Alencar, da Hapvida, explica que a instabilidade climática potencializa os riscos: “Água parada em recipientes mínimos vira criadouro do Aedes aegypti, enquanto as variações de temperatura facilitam a circulação de vírus”. Ela destaca os sintomas-chave: febre alta persistente (dengue), dores articulares incapacitantes (chikungunya) e manchas vermelhas (zika). A especialista reforça medidas preventivas como eliminação de focos de água parada, uso de repelentes adequados e proteção em horários de maior atividade do mosquito (amanhecer e entardecer). Com a previsão de continuidade do clima instável, a orientação é redobrar os cuidados para evitar colapso no sistema de saúde.

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