Confira um pouco sobre algumas das obras que estão sendo feitas em Belém para a COP30

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

O estado do Pará se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro de 2025. E o Bacana News te explica sobre algumas obras que visam deixar um legado histórico e transformador, em Belém, principalmente, em infraestrutura, mobilidade, turismo e saneamento.

Porto de Belém

Com a expectativa de receber cruzeiros durante a COP-30, o porto do rio Guamá terá que passar por uma obra de dragagem para aumentar em cerca de 4 metros o calado – canal que tem 6 metros deve ter 9,8 metros – para evitar acidentes ou embarcações encalhadas. A obra está prevista no Novo PAC, com investimentos de R$200 milhões do governo federal por meio do Ministério dos Portos e Aeroportos. A intervenção ainda não começou. Um estudo já foi feito pela UFPA e entregue para a CDP, para esse fim. Um dos galpões do porto de Belém será transformado em terminal hidroviário para receber as pessoas desses navios, que podem chegar a ter 3.500 leitos cada.

Foto: Divulgação

Parque da Cidade

O espaço sediará parte da programação da 30ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025. O parque terá mais de 500 mil metros quadrados de obras construídas, além de uma área paisagística de 50 hectares. Esta é a maior obra de intervenção urbana em execução no Pará.

O equipamento cultural terá o Centro de Economia Criativa e o Centro Gastronômico, além de cinema, estúdio de gravação musical, mercado de produtos regionais, biblioteca, fonoteca, praça de alimentação, a praça marajoara e um ateliê multiuso. Haverá ainda uma Torre de Contemplação, um templo ecumênico, o “Oratório da Água e da Luz”, um Teatro Multiuso, palcos interno e externo e uma Praça de Exposição de Aeronaves, que manterá viva a memória do Aeroporto Brigadeiro Protásio e do Aeroclube de Belém, que funcionou no local.

Foto: Agência Pará

Porto Futuro 2

Seguem em andamento as obras da segunda fase do Parque Urbano Belém Porto Futuro. O projeto inclui o restauro e reconstrução dos armazéns 04, 04-A, 05, 06, 06-A e a remontagem dos armazéns 11 e 12, ocupando uma área total 50.000 m², com extensa cobertura vegetal. A transformação possibilitará o incentivo ao desenvolvimento sustentável e mais qualidade de vida para as pessoas por meio da integração porto-cidade. Cerca de 25% do cronograma já foi realizado.

As propostas para os armazéns preveem espaço total de 72.063,02 m² para a economia criativa (artesanato e bioeconomia); cultura alimentar (alimentação, oficinas, experiências, cursos); uma praça central, com área infantil, apoio turístico, segurança e área técnica; estacionamento com 200 vagas para carros e bicicletário; nove guindastes, sendo que os dois laterais serão transformados em mirantes; e a transformação dos armazéns 11 e 12 em Memorial da Navegação Amazônica, solicitado pela CDP, e Memorial da Cultura Popular e Patrimônio Imaterial. 

A obra é dividida em duas etapas, inclui a revitalização das praças Pedro Teixeira e Barão de Mauá, e a primeira será entregue em outubro de 2025, como parte das entregas para COP 30. Após o evento a segunda fase será realizada até meados de 2026.

Foto: Ag. Pará

Vila Galé

O investimento do Vila Galé no hotel em Belém nos galpões do antigo porto será de 180 milhões. A princípio 206 apartamentos, gerando 300 empregos diretos na obra. Entre os confortos proporcionados aos hóspedes, restaurante, bar, Satsanga Spa com piscina aquecida e coberta e piscina externa com borda infinita, e flutuante para embarcações . Atualmente, a Vila Galé conta com 44 hotéis, sendo 32 em Portugal, 10 no Brasil, 1 em Cuba e 1 na Espanha. Este número irá aumentar nos próximos meses com a chegada da linha Collection no Brasil: em novembro inaugura o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco (CE) e em abril de 2025, o Vila Galé Collection Ouro Preto, primeiro empreendimento em Minas Gerais.

Nova Doca

A avenida Doca de Souza Franco passa por modificações. A ideia é revitalizar a via, com coleta de esgoto além da construção de parque Linear, com a criação de espaços de uso coletivo, como academias ao ar livre e ciclovias. No canal, com extensão de 1.200 metros, serão executados serviços de pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização e instalação de passarelas. O trabalho já começou no trecho compreendido entre as avenidas Marechal Hermes e Pedro Álvares Cabral. A avenida também ganhará passarela metálica com mirante, quiosques para lanche, jardins de chuva, área para piquenique, espaço para eventos, área pet, urbanização viária, playground. Seis comportas serão substituídas para o controle da água da maré, além de 2.400 metros de novo asfaltamento, além de instalação de um novo sistema de drenagem de chuva e rede de esgoto sanitário e sistema de energia solar.

Foto: Divulgação / Agência Pará

Ver-O-Peso

A obra de reforma e requalificação do Complexo Ver-o-Peso, vai desde a Feira do Açaí até o setor de industrializados. Serão cinco etapas e necessidade de remanejamento dos feirantes, o que já vem ocorrendo. Os feirantes também receberão da Prefeitura de Belém, além da reforma do espaço físico, uma requalificação, com vestimentas novas, identificação, cursos de noções de línguas estrangeiras, além de outras técnicas de administração, informações contábeis e manipulação de alimentos. A reforma do Veropa, que já começou, prevê a revitalização completa da Feira, dos Mercados de Ferro e Carne, da Praça do Pescador e de todas as barracas e boxes.

Foto: Mácio Ferreira/Agência Belém

Nova Tamandaré

A Nova Tamandaré será um parque linear com um terminal hidroviário no final, levando as pessoas para as ilhas. O canal tem 1,4 quilômetro de extensão. Na área serão executados 2,5 quilômetros de pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização, instalação de quatro passarelas e construção de uma subestação com cinco comportas, para controlar o fluxo das marés no canal.  Também ganhará espaços de convivência, como oito quiosques, jardins de chuva, áreas contemplativas, espaço para eventos, ciclovias, playground, espaço pet, academia ao ar livre, urbanização da Praça Onze de Junho e construção da praça do terminal. A arborização, tão necessária para melhorar as condições climáticas, será um dos diferenciais do Parque da Tamandaré. O projeto inclui plantio de árvores; área de passeio público para dentro do canal, por meio de uma passarela em balanço, e jardins nos passeios. Será feita dragagem no fundo do canal para aumentar a capacidade de escoamento do volume de água. As comportas vão ajudar no controle de água dentro do canal.

O novo terminal será mais uma porta de entrada para a capital paraense, próximo à Praça do Arsenal. A construção inclui dragagem no leito do canal e no rio, criando espaço para embarcações.

Foto: Divulgação

Mercado de São Braz

430 trabalhadores atuam nas obras de reforma e requalificação do Mercado de São Brás, que deve ser entregue pela prefeitura de Belém em setembro. O mercado ganhará estacionamento subterrâneo. O espaço será um grande polo turístico, gastronômico, mantendo as atividades tradicionais, de modo que todos os feirantes antigos estarão trabalhando – são 300 concessionários que serão mantidos. Ao mesmo tempo, serão criados bares, cafés, lojas de artesanato, e a parte de alimentação das boeiras populares. Fora um espaço para eventos – no novo mezanino – novos jardins e restaurantes. O mercado também ganhará escada rolante.

Foto: Mácio Ferreira/Agência Belém

Mobilidade Urbana

O município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, ganhará dois novos viadutos, sendo um localizado na avenida Mário Covas com a Três Corações e outro na Mário Covas com a avenida Independência.

Os dois viadutos têm o prazo de entrega em 12 meses. Eles se somarão aos viadutos da avenida Ananin, entregues em julho de 2023, e aos viadutos em construção na rodovia BR-316, no cruzamento com a avenida Independência e com a Alça Viária, estes previstos para serem entregues em dezembro. A melhoria da qualidade de vida com o investimento estadual é prioridade para o governador do Estado.

“Esses viadutos vão se somar aos outros investimentos do Estado para melhorar cada vez mais a qualidade de vida da população de Ananindeua e Região Metropolitana e serão fundamentais no projeto de mobilidade para a COP 30”, afirma o Governador Helder Barbalho.

As obras são executadas pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). O viaduto da avenida Mário Covas com a Independência terá o comprimento de 39 metros; já o viaduto da Mário Covas com a 3 Corações tem o comprimento de 40 metros. Ambas as obras tiveram como vencedor da licitação o Consórcio Construcop30.

Outra obra estruturante está em andamento também na BR-316, que receberá até o final da obra, mais de 20 quilômetros de asfalto da rodovia. 

As pistas expressas já estão cerca de 85% executadas, os túneis com mais de 90% concluídos e o Centro de Controle Operacional está 98% de avanço. As intervenções fazem parte do projeto BRT Metropolitano, um conjunto de obras no trecho dos 10,8 quilômetros da BR-316, que juntas vão proporcionar qualidade de vida aos moradores, com mais infraestrutura e mobilidade. No momento mais de mil operários atuam em três turnos para cumprir o cronograma pré-estabelecido.

Foto: Divulgação

Saneamento

Neste momento, estão em andamento intervenções nos canais do Caraparu, da Vileta, União, Leal Martins, da Timbó, da Ciprino Santos, do Benguí/Marambaia, Mártir/Murutucu/Ana Deusa e da Gentil. Quando concluídas, devem mudar significativamente as situações das ruas do entorno, impedindo cheias e alagamentos.

BRS

A Avenida Júlio César, que receberá nos seus 5 quilômetros o BRS. A Ordem de Serviço foi assinada e o investimento total é de R$ 136,5 milhões. O projeto inicial para a Júlio Cesar, feito pela gestão municipal anterior, era para Bus Rapid Transit (BRT), o que foi rejeitado pelo prefeito Edmilson Rodrigues, que modificou o projeto.

“Eu disse que preferia perder o recurso do que fazer o BRT e conseguimos negociar com o governo federal para mudar o projeto; terminamos a licitação e hoje vamos fazer toda a modernização da Júlio Cesar, com o BRS. Ao invés de tirar 500 árvores do canteiro central, vamos manter todo o canteiro e sua vegetação” detalhou o prefeito.

O projeto será executado pelo Consórcio TP BRT Centenário e terá duas fases. O prefeito detalhou a primeira, a ser executada agora, num prazo de 18 meses. A obra ocorrerá na avenida Júlio César, entre a praça São Cristóvão e o Aeroporto Internacional de Belém, em Val-de-Cans.

Em geral, esta primeira fase envolve os serviços de terraplenagem; pavimentação; drenagem; sinalização; paisagismo; obras especiais, uma delas a duplicação do elevado da avenida Centenário à Júlio Cesar; cinco estações de passageiros e obras de reurbanização destinadas à implantação do sistema BRS, na avenida Júlio César (o que consiste em uma faixa exclusiva para ônibus especiais nos dois sentidos da avenida).

Com informações da Agência Belém e da Agência Pará