Diante da impossibilidade da abertura das lojas físicas nas fases mais críticas de enfrentamento à covid, pequenos empreendedores cederam às ferramentas digitais, das mais simples às mais elaboradas. O comércio eletrônico, que já era uma realidade para a maioria das empresas brasileiras, se impôs de maneira definitiva na pandemia. O resultado desse esforço pode ser medido pelo incrível crescimento do faturamento apresentado por muitos desses negócios.
Levantamento feito pela entidade entre fevereiro e março deste ano mostra que este é mesmo um caminho sem volta: 7 em cada 10 empresas brasileiras vendem seu serviço ou produto pelas redes sociais, aplicativos ou internet. A média é a mesma tanto para microempreendedores individuais (MEIs) quanto para micro e pequenas empresas (MPEs).
Além disso, dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revelam que, em 2020, o crescimento no setor de vendas online foi de 68%. De acordo com a entidade, as restrições e o fechamento do comércio físico fizeram com que o consumo virtual crescesse grandiosamente, com um faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões registrados em 2019.
“A pandemia acelerou a migração do negócio presencial para o remoto. Não houve saída diferente: quem ainda não utilizava o comércio digital teve de encontrar uma alternativa ao atendimento pessoal”, explica Guilherme Campos, diretor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo.
Os pedidos feitos pela internet em 2020 atingiram o número de 301 milhões, com um ticket médio de R$ 419,40, segundo a ABComm. Para este ano, a projeção da entidade é que o e-commerce continue crescendo gradativamente e atinja os 18%.
No início, optar pela venda digital nas redes sociais ou aplicativos de mensagens pode ser mais simples e barato, segundo o diretor do Sebrae. “Depois, o empreendedor pode experimentar vendas em uma página própria (e-commerce) ou em marketplaces (espécie de “shopping virtual” que hospeda vários vendedores de produtos)”, diz Campos. “O mais importante é fazer uma análise criteriosa dos custos para ver qual modelo se adapta melhor ao seu negócio.”
Por Roma News