Belém pode sofrer com ondas de calor com aumento da temperatura do planeta a 3°C

Estudo realizado pelo World Resources Institute, constatou que haverá impactos devastadores nas ondas de calor, na transmissão de doenças e a demanda por energia para ar-condicionado, se o planeta continuar na rota atual de aquecimento de 3°C em relação à era pré-industrial.

Com isso, a temperatura acima da média pode se agravar em Belém e em mais 31 cidades do país nas próximas décadas. Os pesquisadores compararam os indicadores de risco de áreas estratégicas, como saúde pública, infraestrutura e produtividade econômica.

O objetivo, entender como as cidades respondem a diferentes cenários: sob 1,5°C, 2°C e 3°C de aquecimento da temperatura média da Terra. Segundo a pesquisa, os mais afetados serão as pessoas com baixa qualidade de vida, como os moradores de cidades de menor renda localizadas na África Subsaariana, América Latina e Sudeste Asiático.

Os moradores de 16% das cidades avaliadas enfrentarão pelo menos uma vez ao ano uma temporada extrema com duração de um mês. Na América Latina, a frequência de ondas de calor pode dobrar e chegar a 7,5 ocorrências por ano.

As atuais medições da temperatura indicam que 2024 pode superar o ano anterior e se tornar o mais quente da história. Atualmente, o planeta está 1,4°C mais quente em relação à época anterior à Revolução Industrial, quando a sociedade passou a ser movida pela queima de combustíveis fósseis.

Foto: Agência Pará