Em Belém, o hospital de campanha, referência para tratar pacientes com a doença, registrou aumento de 82% em internações nos últimos onze dias. Hospitais públicos e particulares estão sobrecarregados no Pará. O período registrou mais da metade dos registros de internação em todo o mês de fevereiro. Dos quatro hospitais de campanha instalados no estado em 2020, o de Belém é o único que não parou de funcionar.
Segundo a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), a oferta de leitos vem sendo ampliada desde o início de 2021. Na quinta (11), o hospital de Belém opera com capacidade máxima. São 420 leitos, sendo 300 de enfermaria e 120 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A unidade está com 86% dos leitos ocupados, de acordo com a Sespa.
A Fiocruz divulgou nesta semana um boletim que mostrava que o Pará estava fora da zona crítica de ocupação de leitos de UTI para Covid-19. Mas o estado atingiu nesta quinta (11) a taxa de 80,65% de ocupação nestes leitos, em relação à rede pública estadual de saúde. Dos 465 leitos, 375 estão ocupados e 90 estão livres.
A Sespa disse em nota que “como estratégia preventiva de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, já elaborou um planejamento de ampliação do número de leitos disponíveis para o tratamento de pacientes com a Covid-19 na região metropolitana de Belém”. Segundo a secretaria, a Fundação Santa Casa de Misericórdia, que funcionava como maternidade, disponibiliza 20 leitos de UTI e, tem possibilidade do acréscimo de 10 leitos, chegando a 30 leitos de UTI no total, exclusivos para Covid-19.
Já o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, segundo a Sespa, abriu 40 leitos clínicos e mais 16 leitos de UTI. No Hospital Ophir Loyola, já estão disponíveis 19 leitos clínicos e, se houver necessidade, serão ampliados mais 6 leitos clínicos e 10 UTIs. No Hospital Abelardo Santos estão sendo abertas 25 leitos de UTI e 25 leitos clínicos.