Foto: Reprodução/G1
As recentes operações da Polícia Federal contra Eguchi e Ricardo Sales revelam que o discurso era só uma cortina de fumaça para esconder a verdade.
As palavras deles eram bonitas. Falavam em liberdade para o homem trabalhar na terra. Falavam de entregar o Pará para o paraense. Falavam contra as ongs de preservação ambiental dizendo que era gente de fora impedindo nosso desenvolvimento.
Mas a potocada escondia a verdade – e como diz o apóstolo João, em 8:32 “conhecereis a verdade e ela vos libertará”.
E a verdade é uma mala vermelha cheia de dinheiro, no Pará.
No caso do ministro, coisa menos discreta: 14 milhões de reais na conta pessoal.
O G1 diz: Segundo a PF, a ação envolvendo Eguchi investiga o vazamento de informações de dentro do órgão. Segundo a Polícia Federal, a investigação do vazamento de informações iniciou em 2018 e trata da violação de sigilo funcional ocorrida durante a operação “Migrador”, em Marabá. Ainda segundo a PF, na época o vazamento trouxe prejuízo para investigação porque os investigados tiveram conhecimento antecipado da ação policial e conseguiram fugir.
Ainda segundo o G1, de acordo com a PF, o vazamento de informações teria sido realizado pelo delegado Eguchi que foi identificado e afastado das funções. Além dele, a operação também teve como alvo seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará. Eles tiveram acesso indevido às informações vazadas, segundo as investigações.
Estão sendo investigados crimes de violação de sigilo funcional, corrupção passiva e ativa, e associação criminosa, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.
Ainda segundo matéria no G1, o Ministério Público Federal se manifestou favorável ao afastamento do delegado Eguchi e que “considera graves os fatos relatados pela PF, que indicam que o investigado Eguchi tem se valido de sua função na PF para alcançar fins ilícitos e ilegítimos, havendo ele se apropriado, de maneira pouco republicana, do aparelho estatal para privilegiar interesses próprios”. O afastamento, segundo o MPF, é necessário para evitar interferências nas investigações.
E o site de notícias completa: PF apreende bolsa com dinheiro em operação contra delegado federal que foi candidato a prefeito de Belém
O crime constrange a esmagadora e honrosa PF, que sempre prestou importantes serviços a nação. Mas ela não se fez de rogada e foi atrás do delegado, cumprindo a sua função, doa a quem doer.
O delegado se dizia diferente, de todos que estão aí.
Aliás, só dizia isso.
“Vote em mim porque não sou corrupto, os outros todos são”.
Eguchi posava de bastião da moralidade.
Até que o própria corporação bateu na sua casa.
Honestidade era a mensagem única que acabou seduzindo muita gente boa, que caiu no conto do delegado e do capitão.
Desmascarada a farsa, não sobra nada.
Desabaram os gigantes de pés de barro.