A capital paraense é citada em um levantamento inédito feito pela ONG CarbonPlan, da Califórnia, analisado e divulgado com exclusividade pelo jornal americano The Washington Post.
A análise aponta que Belém terá 222 dias de calor perigosamente alto em data próxima ao ano de 2050, provocado pelo aquecimento global. Pekambaru, na Indonésia, será a primeira com 344 dias de calor nocivo.
Segundo o Washington Post, a população mundial está vivenciando um aumento de dias extremamente quentes que colocam em risco a saúde humana, com a ameaça concentrada em alguns dos locais menos preparados para lidar com a situação.
A CarbonPlan é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve publicamente dados e análises climáticas. O estudo aponta que até 2050, mais de 5 bilhões de pessoas – provavelmente mais de metade da população do planeta – estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo.
Até 2030 a ameaça à saúde de pessoas expostas ao sol vai afetar mais de 4 milhões de pessoas. O Washington Post e o CarbonPlan usaram como limite a temperatura de 32 graus Celsius (89,6 graus Fahrenheit) em dias muito úmidos, para delinear um calor extremamente arriscado, igual a uma temperatura de 48 graus Celsius, se estiver muito seco.
Nesse ponto, segundo o estudo, mesmo adultos saudáveis que praticam atividades ao ar livre por mais de 15 minutos podem sofrer estresse térmico e muitas mortes, segundo o CarbonPlan, já ocorreram em níveis muito mais baixos que os 48 graus calculado pelos estudos.
Foto: Agência Belém