A indústria de Champagne, na França, que conta com 16.100 viticultores, 360 lojas e 140 cooperativas, mostra um otimismo cauteloso em relação ao futuro, embora reconheça que a mudança deve ocorrer dentro e fora das vinhas. Em 2022 o mercado cresceu 1,6%, expedindo 326 milhões de garrafas, após uma recessão durante a Covid.
Os principais importadores são os EUA, o Reino Unido, o Japão e a Alemanha; a China importa agora mais de 2 milhões de garrafas por ano. A imagem da indústria de Champagne sofreu um sério golpe no outono passado, durante a colheita de 2023, quando cinco trabalhadores morreram, aparentemente de insolação em temperaturas que atingiram 36 graus Celsius.
O Comitê Interprofissional do Vinho de Champagne continua a batalha para proibir por lei que outros países utilizem o nome “Champagne” para vinhos espumantes produzidos localmente. Atualmente, a denominação está protegida em 121 países, mas haverá novas ações contra os abusos, que “se tornam cada vez mais numerosos à medida que surgem novos meios de comunicação e novas tecnologias”.
Em novembro passado, o Supremo Tribunal de Pequim decidiu a favor do Comitê, num processo judicial contra um fabricante que distribui um perfume chamado “Champagne Life”, concedendo 30 mil libras esterlinas (R$ 193.500 na cotação atual) por danos.
O tribunal confirmou que foi concedido ao champanhe o status de “marca registrada notória” na China, protegendo o nome, inclusive em caracteres chineses, contra qualquer uso fraudulento do nome, para qualquer produto.
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