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Vencedora do Prêmio Sindifisco-Pará de Jornalismo, jornalista Ize Sena ganha bolsa e premiação que somam R$ 30 mil
O projeto para a série de reportagens “O Fisco no Pará”, da jornalista Ize Sena, foi o grande vencedor do 1º Prêmio Sindifisco-Pará de Jornalismo, promovido pelo Sindicato dos Servidores das Carreiras Específicas da Administração Tributária do Estado do Pará (Sindifisco-PA), sob consultoria da Jambo Soluções em Comunicação. Na terça-feira (29), na sede do Sindifisco, em Belém, a jornalista premiada e o presidente do sindicato, Charles Alcantara, assinaram o contrato para a produção do trabalho.
O Prêmio Sindifisco-Pará de Jornalismo tem como objetivo ampliar, por meio dos canais de comunicação jornalística, o conhecimento da sociedade sobre o trabalho de auditores e fiscais e seus desdobramentos econômicos, sociais e ambientais na Amazônia. A jornalista Ize Sena ganhou uma bolsa de R$ 15 mil, com pagamento em duas parcelas de R$ 7.500,00, para produzir as reportagens em áudio, no prazo de até dois meses. Além disso, receberá mais R$ 15 mil para as despesas com a produção do conteúdo.
Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade da Amazônia (Unama), em 2009, Ize Sena é jornalista da Rádio CBN Amazônia Belém e especialista em Comunicação Empresarial. Já atuou como assessora de Comunicação do Comando Militar do Norte e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Para Ize, a premiação dá voz a um setor que muitas vezes é ignorado por grande parte da população: a administração tributária. “A atividade do Fisco muitas vezes não é visível, mas está no nosso dia a dia, nos impostos, nas nossas contas, na nossa vivência diária. A gente não conhece a dimensão do trabalho de cada servidor do Fisco, fiscalizando nas barreiras. Eu acredito ser importante dar visibilidade para essa categoria, que influencia na economia e no desenvolvimento”, disse a jornalista.
Para Charles Alcantara, o Prêmio Sindifisco-Pará de Jornalismo pretende quebrar a cadeia de desconhecimento da população sobre o Fisco, que é essencial para o Estado. “Nosso trabalho é invisível. Tudo o que se sabe no senso comum sobre o Fisco é carregado de estigma, de preconceito, de desinformação. Esse prêmio tem a ver com a necessidade que nós temos de mostrar o que a gente faz. E só se consegue mostrar isso pelo jornalismo, que é essencial para a democracia. Não existe democracia sem jornalismo”, afirmou.
Integrante da Comissão Julgadora do Prêmio, a jornalista e professora Erika Siqueira elogiou a iniciativa do Sindifisco-Pará. “Prêmios como esse melhoram a qualidade do trabalho do jornalista. Estimulam e movimentam o mercado profissional. Sem dúvida nenhuma, é um investimento”, observou.
A professora classificou como importante a abertura de espaço para a produção de reportagens com apuração cuidadosa e inovação. “Esse foi um item importante do edital: uma proposta de fazer reportagens fora da caixinha sem esquecer de informar, de intermediar o que é o Sindifisco e entender a importância que tem a fiscalização para fomentar a economia”, assinalou.
A Comissão Julgadora considerou os seguintes critérios na avaliação dos trabalhos: a) qualidade do projeto editorial; b) ineditismo da pauta; c) credibilidade das fontes; d) esforço de produção; e) aderência ao tema; f) estética na apresentação; g) qualidade da pesquisa proposta; h) fidelidade dos fatos descritos; i) respeito às regras gramaticais; j) uso adequado de linguagem na redação/apresentação das matérias. Diretores do Sindifisco estiveram presentes na assinatura do contrato.
“Muitos jornalistas têm boas ideias, mas não conseguem executar, por isso o prêmio buscou valorizar a pauta e dar garantias para a execução. É um incentivo à grande reportagem”, declarou a diretora e coordenadora do prêmio Ivana Oliveira.
A Comissão julgadora foi composta pela mestra em Ciência da Comunicação (UFPA) e professora da Estácio do Pará, Erika Siqueira Barbosa; pela professora doutora em Ciências Sociais com Pós-doutorado em Comunicação, Linguagens e Cultura (Unama); Alda Cristina Silva da Costa que também é professora do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia e da Faculdade de Comunicação – Universidade Federal do Pará (UFPA); e por Thiago Almeida Barros, doutor em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC/Unama), coordenador deste Programa de Mestrado e Doutorado da Universidade da Amazônia.