Empreendedorismo reduz desigualdade no Brasil, aponta estudo da FGV

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O empreendedorismo, especialmente por meio do registro como Microempreendedor Individual (MEI), tem sido um fator importante na redução das desigualdades sociais no Brasil, segundo estudo da FGV Social. Em 2024, ano em que foram abertos mais de 4,7 milhões de pequenos negócios, o país registrou a maior queda na pobreza dos últimos anos, com aumento de 10,7% na renda dos mais pobres.

A pesquisa atribui o avanço à combinação entre geração de empregos formais e à Regra de Proteção do Bolsa Família, que permite aos beneficiários manterem parte do benefício por até dois anos, mesmo após conseguirem emprego formal ou aumento de renda.

Dados do Sebrae e do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que 30% dos MEIs estão no CadÚnico, sendo a maioria mulheres (55%) e pessoas não brancas (63%). Do total de 4,6 milhões de MEIs inscritos no programa, 52% se formalizaram após entrar em políticas de inclusão social.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou que os pequenos negócios foram responsáveis por 72% dos empregos formais criados em 2024, reforçando seu papel na geração de renda e inclusão. A Regra de Proteção do Bolsa Família permite que famílias que superam a linha de pobreza, mas ainda têm renda baixa, continuem recebendo metade do benefício por 24 meses.

O estudo reforça que o empreendedorismo e as políticas sociais têm sido essenciais para reduzir desigualdades e impulsionar a economia local.