Crescem no Pará em 55% em 2021 os casos de escalpelamento

A incidência de escalpelamento no Pará vem crescendo ao longo dos anos. De acordo com a Marinha do Brasil, só no ano passado foram registrados 14 ocorrências de escalpelamento, frente aos 9 casos em 2020, um crescimento de 55,5%. Este acidente ocorre nos rios na região de Belém e do arquipélago de Marajó.

Em 2022, o primeiro caso de escalpelamento nos rios do Pará foi registrado no último dia 9 de janeiro, no rio Jaburu dos Alegres, em Gurupá, na Ilha do Marajó. Para combater este índice, campanhas de conscientização são realizadas em comunidades ribeirinhas. O acidente de escalpelamento ocorre, geralmente, quando o cabelo longo fica preso ao motor e partes móveis desprotegidas da embarcação, sendo o couro cabeludo arrancado bruscamente. 

A vítima pode perder também partes do rosto e há risco de morte devido à hemorragia que pode ocorrer.  As consequências do escalpelamento são muito graves e variam conforme as áreas afetadas no acidente, como crânio, pálpebras, orelhas e face. 

As principais sequelas incluem dores de cabeça ou cervicais crônicas, dificuldade na audição, fala e visão. Essas disfunções comprometem a qualidade de vida, o lazer e o emprego das vítimas, que muitas vezes ficam impossibilitadas de trabalhar. Em caso de acidente, a vítima deve ser socorrida imediatamente e encaminhada para unidade de saúde mais próxima.

No Pará, a Fundação Santa Casa do Pará, em Belém, é referência em atendimento a escalpeladas, é para lá que os pacientes são encaminhados após ter o quadro clinico estabilizado. Para prevenir o escalpelamento e reduzir o número de casos, a Marinha do Brasil oferece e instala a cobertura do eixo e volante do motor de forma gratuita. O serviço pode ser solicitado pelos telefones (91) 3218-3950 ou (91) 99114-9187.

Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil