Por que a Globo se desfez da Som Livre em um negócio de R$ 1,4 bilhão?

A Globo Comunicação e Participações S.A., nome da empresa que comanda as marcas do Grupo Globo, anunciou na quinta-feira (1º) que a Som Livre não faz mais parte do conglomerado da família Marinho. A gravadora foi vendida para a Sony Music Entertainment em um negócio de R$ 1,43 bilhão (cerca de US$ 255 milhões). Mas por que a companhia brasileira decidiu fazer a venda?

O principal motivo é o processo de transformação da empresa, com o projeto Uma Só Globo. Um dos objetivos dessa reformulação era implementar o modelo D2C –sigla em inglês que significa direto para consumidor, que cuida da produção até a entrega ao cliente final.

Essa estratégia, que é pautada em engajamento e assinantes, não inclui o trabalho de uma gravadora. Em novembro do ano passado, a Globo anunciou ao mercado que havia colocado a Som Livre à venda.

“A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, defendeu Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo, em comunicado na ocasião.

A dificuldade em manter em seu portfólio contratos com artistas populares (e caros), como Gusttavo Lima, Luan Santana e Marília Mendonça, também pesou na decisão de se desfazer da empresa que trabalha com música.

Por Notícias da TV UOL