Ronaldo Porto é mais uma vítima da COVID

Foto: Reprodução/RBATV

Quando iniciei 19 anos atrás meu programa na RBA, dois caras, já muito famosos, foram de uma gentileza e acolhimento comigo que eu confesso que não esperava. É que gente famosa tem a mania de achar que é superior.
Um desses caras foi Guilherme Guerreiro, o outro foi Ronaldo Porto.
Ronaldo então passou a fazer parte de minha vida, e logo que eu lancei o projeto da Revista Bacana ele foi o cerimonialista da festa – ele se ofereceu e jamais aceitou um tostão como forma de pagamento.
Sempre foi um incentivador. E sempre foi um ser generoso.
Ronaldo era daquelas raras pessoas que sabiam o tamanho que tinha – nem pra mais e nem pra menos. Por isso não se preocupava com novos profissionais chegando, pulava da apresentação de um programa para o outro ( todos em gêneros diferentes ) com a certeza que sabia que daria conta do recado.
E fez de tudo, narrou jogos de futebol e outras partidas esportivas, foi comentarista, apresentador, comandou a transmissão do Círio e do Miss Pará por anos, e ainda dava tempo para advogar e para curtir a vida.
Isso ele também sabia fazer como poucos, aproveitou sua vida. Curtia a vida adoidado!
Na minha opinião Ronaldo era o melhor apresentador da tv paraense, justamente por conseguir apresentar tudo, seja um programa policial, um telejornal, um programa de esportes ou um concurso de beleza. Era polivalente e tinha bagagem, conhecimento. Era um ponto fora da curva, como se diz hoje.
E era um amigo generoso, daqueles que a vida nos dá como presente.
E que o maldito vírus nos tira.

Marcelo Marques