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Por MPPA
A Promotoria de Justiça de Benevides protocolou na Justiça, no último dia 5 de setembro, pedido de interdição da empresa fornecedora de água adicionada de sais de nome “Manancial”, localizada na estrada Neópolis, no município,devido a uma série de irregularidades.
A reiteração do pedido de interdição, feito pela promotora de Justiça, Regiane Brito Coelho Ozanan, se fundamenta na conclusão das recentes análises feitas pela 1ª Regional de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), além do histórico de infrações à legislação sanitária e de defesa do consumidor perpetradas pela empresa Manancial ao longo dos anos.
A Vigilância Sanitária, do 1º Centro Regional de Saúde, ligada à Secretaria de Estado de Saúde Pública, emitiu relatório no último dia 5 de setembro sobre o resultado das amostras de água coletadas na empresa. O relatório destaca que a empresa mudou sua marca de “Manancial” para “Água Boa”. O documento aponta ainda a presença da bactéria pseudomona na água coletada, em desconformidade com a legislação.
Já o relatório do Gati, também emitido em setembro, resultante de uma vistoria realizada na empresa, constatou a existência de irregularidades no ambiente de produção, distribuição e comercialização da empresa. Os técnicos encontraram falta de higienização, risco de contaminação, irregularidade no armazenamento da água, e nas operações de limpeza e desinfecção das embalagens.
Em agosto, durante a audiência extrajudicial realizada com todas as indústrias que trabalham com o envase de água no Município de Benevides, representantes da Manancial confirmaram que a empresa mudou o nome de sua marca para “Água Boa”. Para a promotora, essa atitude caracteriza uma violação dos princípios de boa-fé, ou seja, mudando o nome da marca durante o processo judicial a empresa tenta desviar a atenção da população.