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Por DOL
A partir de 2022, o Pará vai estar entre os estados brasileiros abastecidos pelo Gás Natural Liquefeito (GNL), alternativa mais barata que a energia elétrica. A informação foi fornecida pelo secretário de Desenvolvimento, Mineração e Energia do Estado, Iran Lima, durante workshop promovido na quinta-feira (5), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em Belém, para apresentar o projeto ao setor industrial.O investimento privado será realizado em Barcarena, no Baixo Tocantins, que receberá o GNL a partir do final de 2021, para atender inicialmente à indústria local.
“A população poderá usar nos veículos e nas residências. Os consumidores do setor industrial poderão ter o gás natural como base energética, para reduzir os custos da produção”, disse ele. O secretário explicou que, inicialmente, o GNL será usado como base energética pela empresa Hydro, empresa norueguesa de alumínio, e também para a montagem de uma termelétrica movida a gás em Barcarena. A perspectiva, segundo o titular da Sedeme, é que o GNL abra novas possibilidades de desenvolvimento ao Estado, fazendo crescer a economia a partir de uma base energética para novas indústrias que possam se instalar em território paraense.
Diretor de Estratégia e Marketing da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Marcelo Mendonça, disse que a iniciativa do Governo do Pará de viabilizar o suprimento de gás natural liquefeito para a região atende a uma demanda antiga dos setores industrial e comercial do Estado, além dos próprios consumidores residenciais, que poderão dispor de uma alternativa menos poluente, que vai melhorar a qualidade de vida na região, trazer maior segurança no abastecimento e competitividade às indústrias. “É um grande marco a chegada do gás natural para a região, trazendo dessa forma desenvolvimento para o Estado”, avalia.
Diretora da Companhia de Gás do Pará, sociedade de economia mista que será responsável pela distribuição do GNL, Cláudia Bitar, diz que a partir do workshop a companhia entra em uma nova fase da mudança de matriz energética do Estado, projeto que, segundo ela, terá repercussões econômicas e sociais.”Nós entendemos que o projeto do gás representa um grande retorno social e econômico e temos muita esperança e confiança nele”, disse ela, ao informar que outros eventos serão organizados para explicar o projeto à população e ao empresariado.
O investimento nas obras está avaliado em quase R$ 4 bilhões, com previsão para gerar 7.500 empregos diretos e indiretos. Além dos benefícios econômicos, Eduardo enfatiza a atenção à questão ambiental existente no projeto.
“Nós estamos muito empolgados com a receptividade da equipe de governo. É uma colaboração de benefício mútuo. O GNL viabiliza, por exemplo, a transição de todos os veículos pesados, que hoje consomem diesel e poluem centros urbanos, para a utilização de gás combustível. Representa um impacto positivo para o consumidor, mas também é bom para a saúde pública”, destaca o CEO.
Para o titular da Sedeme, Iran Lima, o empreendimento é um dos mais importantes na história do Pará. “Representa um novo momento para o Estado na geração de energia, que é um dos principais entraves para a verticalização de diversas produções na região. O GNL vai trazer o barateamento da geração de energia, assim como deve proporcionar o uso doméstico para a população geral” – Iran Lima, titular da Sedeme.
A previsão é que a construção do terminal de distribuição de gás comece em março de 2020 e que esteja operacionalizada a partir de 2022, abastecendo a região Norte. Para a central termoelétrica, a expectativa é que comece a funcionar até 2025.