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Em 24 horas, Brasil tem 449 mortes e recorde de 6.276 novos casos

Em 24 horas, Brasil tem 449 mortes e recorde de 6.276 novos casos

Foto: Bruno Kelly/Reuters

Por EXAME

Um dia após superar as mortes da China, o Brasil chegou a 5.466 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira, 29. Em 24 horas, foram mais 449 vítimas da covid-19, uma alta de 9% em comparação com os resultados de ontem.

Já os casos confirmados da doença chegaram a 78.162. Em apenas um dia, foram 6.276 novos pacientes comprovadamente infectados pela doença. De acordo com os dados, há, ainda 38.564 pessoas em acompanhamento, 34.132 recuperados e 1.452 óbitos em investigação.

Ontem, pela primeira vez, o ministro da Saúde, Nelson Teich, assumiu que a alta exponencial dos últimos dias não tem mais relação com maior testagem ou com exames represados: “Agora, a gente tem que abordar isso como um problema. A curva que vem crescendo mostra o agravamento da situação”.

Com os dados dessa semana, o Brasil entrou para a lista dos dez países que mais registram vítimas da doença, segundo levantamento do site Worldometers.

Mas dados analisados pela EXAME mostram que, com os mais de 2,5 mil casos potencialmente não notificados, o Brasil pode ser o sexto país com mais mortos — atrás apenas de Estados Unidos, Itália, Espanha, França e Reino Unido.

E daí? e conta das mortes

Logo após as mortes no Brasil superarem as na China, país onde a doença se originou, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que lamenta, mas não tem o que fazer: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse Bolsonaro.

Hoje, em novo pronunciamento, o presidente disse que não se responsabiliza pelas mortes causadas pela covid-19. Segundo ele, “a conta” deve ser direcionada para os governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição.

Ele citou em especial João Doria (PSDB), governador de São Paulo, estado mais afetado pela doença. “Não adianta a imprensa querer colocar na minha conta essas questões que não cabem a mim”, destacou. “O Supremo (Tribunal Federal) decidiu que quem decide essas questões (sobre restrição) são governadores e prefeitos”, disse.

No início da tarde, Doria rebateu as declarações do presidente e cobrou respeito pelas vítimas da pandemia. “Saia dessa sua redoma de Brasília e venha visitar comigo o Hospital das Clínicas, o Hospital do M’Boi Mirim aqui na capital de São Paulo e os hospitais de campanha. Venha ver a ver a gripezinha e o resfriadozinho, as pessoas agonizando nos leitos“, disse.