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Resultados do projeto Colmeias da Amazônia foram apresentados em Juruti, oeste do Pará, no fim de semana. A equipe mostrou também os de equipamentos adequados para o manejo e produção, as caixas para colmeias, onde está beneficiando mais de 14 comunidades.
O projeto é realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores e Agricultoras de Juruti, com apoio do Instituto Juruti Sustentável (IJUS) e parceria da Universidade Federal do Pará (Ufopa), campus Juruti. Cinquenta agricultores receberam a formação em um curso básico, e outro avançado em meliponicultura e apicultura, além de equipamentos para o manejo e produção das caixas para colmeias beneficiando14 comunidades.
“Melhorou a qualidade de vida de nós produtores. Antes do projeto não produzíamos mel. Hoje temos produtores com 15 a 20 colmeias cada”, afirmou o produtor Nicolau Nascimento Silva, da Comunidade Araçá Branco, região do Salé.

No seminário os produtores receberam certificados de conclusão de curso e os kits de trabalho para continuarem o projeto. A ideia é que as ações continuem e atinjam todas as regiões do município.
“O mercado interno de Juruti consome toda a produção local. Precisamos fortalecer a cadeia do mel, pois a demanda é muito grande. Formamos 50 produtores de mel. Mel de qualidade é produzido aqui.” destacou Raimundo Nunes, consultor técnico do projeto.
Abelhas com e sem ferrão
Em Juruti está sendo produzido mel de abelhas com e sem ferrão. Mel de abelhas com ferrão, é um mel mais denso e com menos umidade, por ter uma quantidade maior de abelhas (Campeiras).
Já a abelha sem ferrão, produz um mel mais claro, contém uma taxa maior de umidade. Ele é tido como um mel medicinal, chega nesta qualidade por ter o néctar de uma variedade maior de flores e no seu processo produtivo tem uma quantidade muito menor de abelhas na produção.
“Os produtores estão comprometidos a fortalecer a produção da cadeia do mel. Eles têm condições para dar continuidade no projeto, foram capacitados e a universidade irá continuar dando esse apoio.” Afirmou Celeste Rossi, vice-diretora do campus e professora do Curso de Agronomia da Ufopa Juruti.
Sobre o projeto
O Instituto Juruti Sustentável foi estabelecido em agosto de 2008, ele é a primeira organização civil certificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público no município de Juruti.
O Ijus é composto pelo Conselho Juruti Sustentável (Conjus), órgão voltado à promoção do diálogo coletivo entre organizações sociais, poder público e iniciativa privada; Fundo Juruti Sustentável (Funjus), mecanismo financeiro voltado a investimentos em projetos voltados ao desenvolvimento sustentável local; e indicadores para acompanhamento de aspectos do desenvolvimento socioeconômico de Juruti. Conselho, Fundo e Indicadores, juntos, integram a estratégia “Tripé Juruti Sustentável”, que norteia a atuação do Ijus desde a sua origem.