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Ação de saúde intensificará combate à febre amarela em 39 comunidades do Rio Tapajós

Ação de saúde intensificará combate à febre amarela em 39 comunidades do Rio Tapajós

Foto: Pixabay/Divulgação

Por G1 Santarém

Equipes de saúde de diversos órgãos farão intensificarão as ações de combate e prevenção à febre amarela silvestre na região do Rio Tapajós, em Santarém, no oeste do Pará. Cerca de 39 comunidades serão visitadas em uma semana. Os serviços iniciarão na segunda-feira (26) e seguem até 31 de agosto.

A região já registrou o primeiro caso confirmado da doença em 2019, sendo que a vítima, um indígena de 51 anos, morreu. Ele era morador da comunidade Paricatuba, onde também foram encontrados macacos mortos – primeiro sinal de vírus circulante.

Participam da ação de saúde a Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), 9º Centro Regional da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) e Distrito Sanitário Indígena (DSEI).

Na ocasião, a equipe deve estabelecer medidas de prevenção e promoção de saúde, através da vigilância epidemiológica, entomológica e de imunização, assim como a mobilização da população nas ações educativas chamando a atenção para a importância da vacinação e as principais medidas de prevenção da doença.

“Será uma visita técnica onde faremos o acompanhamento e o monitoramento das ações de vigilância e imunização. Faremos a vacinação dos moradores das comunidades, para alavancar a cobertura vacinal, protegendo essas pessoas”, ressaltou a coordenadora do setor de vigilância epidemiológica da Divisa/Semsa, enfermeira Edna Gadelha.

Além da vacina contra a febre amarela, as equipes vão disponibilizar vacinas contra o sarampo, tétano, e outras do calendário vacinal. Serão realizadas ainda educação em saúde e a busca ativa de possíveis casos.

Últimos casos na região

De acordo com dados divulgados pela regional da Sespa em Santarém, nos últimos 3 anos foram registrados 4 casos de febre amarela em Alenquer, 2 casos em Monte Alegre, 2 em Itaituba, 1 em Aveiro, 1 em Juruti, 1 em Óbidos e 1 mais recente em Santarém (em julho deste ano).

Sobre a doença

A febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo vírus da febre amarela. A doença é comum em macacos, que são os mais afetados pelo vírus. A diferença entre as variantes silvestre e urbana é o vetor de transmissão: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. Na mata, os mosquitos do gênero Haemagogus transmitem o vírus. Apesar disso, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença resultante da infecção.

Seus sintomas iniciais são febre com calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença, podendo vir a óbito.

A vacinação e a eliminação de criadouros do mosquito vetor são as formas mais eficazes de prevenir a doença, além do uso de repelentes e mosquiteiros.