Home DESTAQUE A pergunta que se faz na riquíssima Canaã dos Carajás é: pra onde vai tanto dinheiro ?

A pergunta que se faz na riquíssima Canaã dos Carajás é: pra onde vai tanto dinheiro ?

A pergunta que se faz na riquíssima Canaã dos Carajás é: pra onde vai tanto dinheiro ?

Foto: Reprodução

A população estimada em 2017 de Canaã dos Carajás é de apenas 36.027 pessoas, segundo dados divulgados pelo ultimo senso do IBGE, mas a prefeitura diz ser algo hoje como 60 mil habitantes.

Só esse ano foram arrecadados R$ 22.098.599,39 em ICMS, quase metade do esperado para o ano inteiro, previsto em R$ 45 milhões. Só de royalties minerais nesse último mês de junho a prefeitura recebeu R$69.8 milhões, sendo que até agora no ano o total dos royalty’s – Cfem – recebidos pela prefeitura foram de R$178,7  milhões.

As receitas correntes arrecadadas pela Prefeitura de Canaã dos Carajás totalizaram no primeiro semestre deste ano R$ 281,72 milhões, o equivalente a 67% do esperado para o ano inteiro (R$ 421,23 milhões
E por incrível que possa parecer, a cidade vive uma bagunça e cresce na periferia a pobreza. Enquanto isso em 2018 apenas 3% dos recursos dos royalty’s foram destinados a assistência social do município, apenas 5% destinados a agricultura familiar, segundo estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), em parceria com a UFPA e que tem o apoio da Ford Foundation.

Mas a pesquisa mostra outras coisas interessantes . O segundo maior gasto é para a função Administração Pública (30%). Quase um terço da Cfem destina-se para atividades rotineiras e de manutenção da máquina pública. Nesta função, salta aos olhos que quase 6% do total previsto foi destinado para “amortização da dívida con- tratada com o INSS”; o que desvirtua o real papel da Cfem e conflita com o que determina a legislação 35 sobre não pagar dívidas e pessoal permanente.

O estudo mostra ainda a pouca importância que a prefeitura vem dando a setores relevantes de uma comunidade. Educação recebeu 2% e 3% foram divididos entre Cultura, Transporte, Direito à Cidadania e Indústria.

No que se refere às atividades de educação, causa estranheza a reduzida parcela da Cfem investida, quando a recomendação legal (Art. 212 da Constituição Federal) é de que pelo menos 25% das receitas correntes sejam investidas nessa área.

Parece que para a gestão atual, quanto menos educação a população tiver, melhor. Como se vê a pujança do município parece carecer de melhor administração.