Foto: Divulgação
Três anos depois do primeiro caso de Covid-19 detectado no Brasil, o cuidado contra a doença deve continuar, principalmente com a imunização contra o vírus, proteção capaz de impedir as formas graves da doença e complicações que podem levar à morte.
Recentemente, o Ministério da Saúde iniciou, em todo o Brasil, a vacinação de grupos prioritários com as doses bivalentes. Elas são as chamadas segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron.
De acordo com a biomédica e professora da Faculdade Serra Dourada Daiane de Oliveira, os dois tipos de vacina – monovalente e bivalente – são eficazes contra o vírus. “Tanto as bivalentes quanto as monovalentes, da primeira distribuição, agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade. O que muda é que a bivalente consegue proteger contra mais de uma versão do vírus de uma só vez”, explica.
As vacinas bivalentes serão aplicadas nos grupos prioritários que já receberam pelo menos duas doses monovalentes prévias. Nesta primeira etapa, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.
“É importante reforçar que, para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal com os imunizantes monovalentes para, então, receber a dose de reforço bivalente, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida”, afirma a biomédica.
*Com informações do Ministério da Saúde.