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A secretária de Cultura do estado, Úrsula Vidal, abriu, na noite de ontem, o Festival de Ópera do Theatro da Paz que chega em sua maioridade consolidado como um verdadeiro patrimônio artístico do povo do Pará.
Nesta longa e rica trajetória, reconhecer o trabalho dos que nos antecederam é parte do processo de construção de um novo conceito que se faz necessário para avançarmos na direção de uma sociedade mais justa, colaborativa e plena no acesso à sua cidadania cultural.
E entre as novas elaborações conceituais do Festival está a necessidade de fortalecer a cadeia produtiva da ópera, que tem seu primeiro
elo nas crianças que iniciam os estudos musicais aos seis anos. Um percurso formativo constituído em sua gênese pela qualificação dos jovens nos cursos públicos, que anseiam por espaço em uma cena cultural madura, capaz de absorver tantos talentos. E como a Opera é superlativa em sua justaposição de linguagens, esta imensa rede de profissionais se estende pela cochia, pelos camarins, pelo fosso da orquestra, por todos os espaços onde um amálgama de capacidades extraordinárias faz nascer a magia da ópera. Um ‘Viva’ aos cenógrafos, figurinistas, visagistas, peruqueiros, técnicos de som e luz, contrarregras, diretores de cena, marceneiros, ferreiros _este batalhão de luz que se mobiliza em torno de uma das mais fabulosas expressões artísticas da experiência humana.
E este XVIII Festival de Ópera do Theatro da Paz se legitima como um festival que envolve, quase em sua totalidade, mão-de-obra local. A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz é um exemplo singular. Eleita por dois anos consecutivos a melhor orquestra do Brasil pela imprensa especializada, nosso corpo musical conta, em cada naipe, uma história de superação e renúncia.
O novo conceito do Festival é um presente de aniversário que dá acesso à todas e todos, com sua itinerância, profissionalização, pluralidade e continuidade, promovendo intercâmbio de experiências e oferecendo ao público espetáculos de alto nível artístico. Para a Secretaria de Cultura do Pará é uma honra promover esta política cultural que abraça a plateia, os talentos de nossa terra e futuro de nossa gente.