Supremo Tribunal Federal poderá ter paraense como nova ministra

O jurista italiano Luigi Ferrajoli já decidiu o nome que apoiará na disputa por uma das vagas que serão abertas no STF (Supremo Tribunal Federal) neste ano: o da promotora de Justiça Ana Cláudia Pinho, do Ministério Público do Pará. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se referiu ao italiano como “um dos juristas mais renomados do mundo”.

Em 2020, chegou a visitá-lo em Roma, onde presenteou o acadêmico com o livro “Lawfare: Uma Introdução”, que tem Cristiano Zanin Martins, seu advogado, como um dos autores. Ferrajoli, por sua vez, subscreveu um manifesto que pedia a libertação de Lula da cadeia, em 2019.

E criticou duramente a Operação Lava Jato e seu então juiz Sergio Moro, hoje senador do Paraná pela União Brasil. Em carta endereçada a Lula e enviada ao Brasil no mês passado, que ainda é mantida em sigilo.

Ferrajoli diz que o país viveu momentos dramáticos “de sua jovem história democrática” nos últimos anos, que teriam reforçado “a extrema importância” da mais alta corte do país enquanto guardiã da Constituição.

Ferrajoli afirma que Pinho é uma jurista da Amazônia com uma carreira de 30 anos dedicada ao Ministério Público e à defesa dos direitos humanos, além de ser uma professora da Universidade Federal do Pará que se debruça sobre o garantismo jurídico.

Juristas e advogados que endossam o nome de Pinho cultivam a expectativa de que sua campanha para a corte ganhe musculatura nas próximas semanas e seja considerada competitiva para a vaga da ministra Rosa Weber, atual presidente do STF. A magistrada se aposentará em outubro deste ano.

Foto: arquivo pessoal